A disrupção provocada Covid-19 se somou a uma agenda de trabalho marcada, até então, pelo horizonte iminente da Inteligência Artificial e da automação.
● A pandemia transformou o vínculo entre a empresa e o colaborador
● É imprescindível uma formação contínua e modelos mais flexíveis que correspondam às prioridades atuais como a saúde mental ou a reivindicação dos perfis sêniores, como mostra o relatório elaborado pela Área de Talent Engagement da LLYC
● É necessário manter a cultura da empresa em um contexto de teletrabalho e estreitar laços com o ativismo crescente dos colaboradores
Estabeleceu-se, a partir da pandemia, um antes e um depois na relação empresa-funcionário. As empresas deverão, a partir de agora, reinventar-se para gerir seus talentos de maneira eficaz e produtiva.
Reter talentos: O relatório
O relatório Tendências Talento que a LLYC acaba de publicar detecta três grandes linhas de transformação para 2021. A primeira já vinha marcada pela digitalização, se acentuou ainda mais.
Está relacionada à necessidade de priorizar o upskilling e o reskilling dos colaboradores, seja para gerar vantagem competitivas no mercado, para responder à perspectiva de carreiras mais longas ou para facilitar a adoção de ferramentas de liderança para managers perdidos na deslocalização do trabalho.
A segunda grande mudança se concentra no estabelecimento de novos modelos de relação mais flexíveis entre empresas e trabalhadores, para substituir aqueles ainda muito ancorados no passado e com pouca capacidade de resposta para as prioridades atuais dos colaboradores como a saúde mental, o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional ou a reivindicação dos perfis sêniores.
A terceira põe o foco a importância crescente da comunicação em um contexto em que o teletrabalho e a antecipação de modelos híbridos podem levar, a médio prazo, à destruição da cultura e do tecido social interno das empresas, e em que o aumento do ativismo dos colaboradores em determinadas causas pode gerar importantes lacunas da confiança.
Reter talentos: O que conta o Diretor Sênior de Engagement da LLYC
David González Natal, Sócio e Diretor Sênior de Engagement da LLYC, reconhece que “este é um momento chave para o futuro das empresas e a relação com funcionários deve estar no centro das decisões.
Concretamente, é necessário que repensemos e reforcemos a cultura em um contexto de dessincronização e deslocalização, que apostemos na formação como uma chave para obter vantagens competitivas e que criemos laços de comunicação mais sólidos com o ativismo crescente entre os colaboradores”.
Para Adélia Chagas, Diretora Sênior da LLYC Brasil, e uma das autoras do estudo, ” as empresas devem estar atentas a questões internas e próximas aos seus colaboradores, para se antecipar às tendências que estão por vir e foram apresentadas no estudo”
Estas são as 10 tendências que marcarão o talento em 2021.
Reter talentos: 1. Funcionário ativista
Cada vez damos mais importância à posição das empresas sobre determinados aspectos sociais e ao gap que se produz entre os valores que advoga e a experiência real do funcionário.
Além disso, existe o crescimento do ativismo digital que proporciona novas ferramentas e, sobretudo, um clima de contágio emocional muito poderoso. Será necessário, por exemplo, que as empresas estabeleçam instrumentos internos para escutar a tempo e detectar as preocupações dos colaboradores, com suficiente margem de manobra para não cair em uma política reativa ante o fenômeno.
Reter talentos: 2. Funcionário eterno
Apesar dos efeitos da pandemia, é um fato que seremos ainda mais longevos no futuro. Como impactará essa longevidade crescente em modelos nos quais o trabalho físico será cada vez menos relevante pela automação é uma das conversas a serem desenvolvidas nos próximos meses.
Se as empresas não querem correr o risco de perder seus melhores funcionários, embarcados nesta procura de um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, terão que oferecer modelos mais flexíveis de relação.
Reter talentos: 3. Aprendizado contínuo
A conversação sobre a necessidade do upskilling (adquirir novas competências) e reskilling (reciclagem profissional) do colaborador nas empresas não é nova, mas é mais crucial que nunca.
A tecnologia havia sido até agora o motor que impulsava as necessidades no processo de aprendizagem, mas o impacto da Covid-19, junto com o crescimento exponencial da Inteligência Artificial, disparou esta chave e o fará ainda mais nos próximos meses.
As capacidades digitais vão ser em breve um commodity básico em muitas empresas, tão essenciais quanto a leitura. Além disso, alguns estudos revelam que 91% das empresas esperam que a habilidade mais demandada seja a criatividade.
Reter talentos: 4. Os novos managers
De acordo com uma pesquisa de PwC, 54% dos diretores financeiros (CFOs) indicam que suas empresas planejam converter o teletrabalho em uma opção permanente. Isto nos situa ante vários desafios, mas um dos mais claros é que os managers terão que reinventar sua maneira habitual de gerenciar equipes se grande parte delas trabalham remotamente.
A empatia será uma das chaves para manter a conexão humana das equipes. A produtividade pode acabar sendo o único objetivo, se não se der atenção a outros âmbitos.
Reter talentos: 5. Do employee experience ao life experience
2020 foi um ano que nos separou no físico, mas que, curiosamente, nos aproximou mais que nunca no pessoal. De um dia para outro nos vimos obrigados a trocar as reuniões físicas pelas virtuais.
Permitimos que colegas de trabalho, que normalmente víamos apenas em ambientes profissionais, entrassem na intimidade de nossas casas através da janela de nossa webcam.
Nos próximos meses as empresas necessitarão criar uma espécie de nova ‘etiqueta digital’ para o “novo normal” que terá de contemplar elementos novos importantes como o direito à desconexão ou o respeito à flexibilidade de horários, que possam adequar-se às circunstâncias particulares de cada um.
Reter talentos: 6. Do Where ao When
Nem todos os efeitos da pandemia sobre o mundo de trabalho foram negativos. Como podemos ver em numerosos exemplos ao redor do mundo, o cenário que impõe a nova normalidade também apresentou diversas oportunidades para acelerar processos de agilidade e simplificação que as empresas sempre desejaram.
As empresas têm uma oportunidade imbatível de desvincular-se de processos desnecessários e complexos, beneficiando o caminho a um colaborador que é valorizado por seus resultados, eficácia e compromisso.
Reter talentos: 7. Do trabalho remoto ao trabalho híbrido
Na nova normalidade, as pessoas importam mais que nunca. O trabalho a distância estava ganhando terreno inclusive antes da pandemia e hoje temos uma oportunidade de acelerar essa mudança cultural. A revolução dos espaços de trabalho se faz presente.
Os escritórios não serão os mesmos e surgem novas formas de trabalhar. Os escritórios deverão converter-se em experiências produtivas, significativas e memoráveis para os funcionários.
Um espaço de inspiração e conexão entre pessoas, um lugar de onde se fomente a aprendizagem e o desenvolvimento contínuo.
Reter talentos: 8. Saúde mental na empresa
Um dos efeitos mais fortes e, muitas vezes, que ganham menos visibilidade da Covid-19 são as consequências que está provocando na saúde mental dos colaboradores.
Nos Estados Unidos, uma pesquisa de Human Resource Executive reflete que 45% dos funcionários considerou receber tratamento de saúde mental como consequência da pandemia.
Sem dúvida, as organizações devem aproximar-se a esta questão e gerar estratégias efetivas que toquem sistematicamente o problema que, com bastante frequência, é minimizado ou abordado somente tangencialmente.
Reter talentos: 9. Inovação coletiva
Estamos em uma era de inovação, inclusive na liderança. O que se espera dos líderes de hoje é que incluam a todos os colaboradores da empresa para criar uma cultura propícia à inovação. Todos temos um lado criativo.
Até mesmo os funcionários menos dados a isso são capazes de alcançar metas extraordinárias. A missão das empresas e seus líderes é que toda sua equipe contribua a esse “gênio coletivo”.
Reter talentos: 10. Talento Sênior para a resiliência
Dentro das equipes de trabalho há um grupo particular que deve ser ainda mais valorizado em uma época na qual a resiliência é mais chave que nunca: os sêniores.
Estudos recentes já sugerem que os profissionais de mais de 50 anos serão essenciais para a recuperação econômica pós-covid. Sua experiência em lidar com crises geradas pela mudança no entorno e a transformação os fará especialmente relevantes nesta era.
Reter talentos: Sobre a LLYC
LLYC é uma Firma global de consultoria de comunicação e assuntos públicos, que ajuda seus clientes na tomada de decisões estratégicas de forma proativa, com a criatividade e experiência necessárias, e na sua execução, minimizando os riscos, aproveitando as oportunidades e sempre considerando o impacto reputacional.
Em um contexto disruptivo e incerto, a LLYC contribui com que seus clientes alcancem suas metas de negócio a curto prazo e a fixar uma rota, com uma visão de longo prazo, para defender sua licença social para operar e aumentar seu prestígio.
Hoje a LLYC tem 16 escritórios, na Argentina, Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro), Colômbia, Chile, Equador, Espanha (Madrid e Barcelona), Estados Unidos (Miami, Nova York e Washington, DC), México, Panamá, Peru, Portugal e República Dominicana. Além disso, oferece seus serviços através de companhias afiliadas no resto dos mercados da América Latina.
As duas publicações líderes do setor situam a LLYC entre as companhias de comunicação mais importantes do mundo. É a número 42 por receita a nível mundial, segundo o Global Agency Business Report 2020 de PRWeek, e ocupa o posto 48 do Ranking Global 2020 elaborado por PRovoke.
No capítulo das premiações, LLYC obteve no ano passado 89 prêmios. Foi reconhecida em 2020 como a melhor agência de comunicação em Branded Content, segundo o informe elaborado por Scopen para a BCMA Spain, e como uma das dez mais criativas para MarketingDirecto.com.
Desde 2014 aparece entre as 100 melhores empresas para trabalhar na Espanha, segundo Actualidad Económica. No México, a revista Merca 2.0 a situou como a melhor consultora de comunicação do país por terceiro ano consecutivo.
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