Resiliência e continuidade de negócios em 2020

Resiliência humana

Resiliência e continuidade de negócios em 2020, esse é o tema do artigo de hoje, escrito por Emilio Nakamura.

O ano de 2020 trouxe situações imprevisíveis para muitos gestores, com isso a resiliência humana tem estado mais presente.

Com a pandemia da Covid-19, a adaptação rápida e a flexibilidade se tornaram elementos imprescindíveis para a continuidade de muitos negócios, trazendo à luz um importante tema dentro do ambiente corporativo: a gestão de continuidade de negócios.

Aliada a resiliência, ela se refere a capacidade de se recobrar de uma forma mais ágil e organizada ou estar preparado para se adaptar a má sorte ou a mudanças que são cada vez mais recorrentes.

Neste contexto, empresas e instituições precisaram desenvolver a capacidade de se adaptar a situações de crise para garantir sua sobrevivência em um período de crise econômica mundial. E a segurança da informação ganhou um papel fundamental para manter os ativos de informação seguros e em operação.

Resiliência humana e a transformação digital

Isso porque a transformação digital neste período foi acelerada para garantir que as companhias continuassem funcionando, mesmo com o isolamento social. Ao mesmo tempo, foi necessário reconfigurar ambientes, cada vez mais distribuído, e utilizar tecnologias e ferramentas para garantir a troca de informações no ambiente online de maneira segura.

O assunto, inclusive, foi tema de um dos debates do evento RNPSeg’20 realizado este mês e que rendeu bons insights, principalmente no que tange a questão de cibersegurança.

Uma das perguntas que acabamos nos fazendo quando trazemos esse tema à tona é: será que conseguimos tratar todos os riscos? E a resposta é não! E é justamente neste ponto que é necessário termos a gestão de continuidade de negócios, para resguardar todos os ativos da empresa no caso de um risco aceito ou não mapeado se tornar um incidente.

Ou seja, temos que encarar a resiliência como se deve, com o envolvimento da alta cúpula, não como algo simples e básico, com uma visão unidimensional e desintegrada da segurança da informação.

Resiliência humana e a lição que a crise trouxe

Uma das lições que essa crise trouxe para as organizações, de modo geral, é que, além do plano A que protege de forma holística os ativos, processos e pessoas, é importante, mais do que nunca, ter um plano B organizado de contingência e continuidade de negócios.

E isso é algo muito específico para cada organização. Não existe uma receita a ser seguida para traçar esse plano de maneira única e cada companhia deve desenvolver e gerenciar o seu de acordo com suas especificidades.

Dentro deste novo cenário, a resiliência é um ponto muito relevante e faz toda a diferença a gente estar preparado. Embora existam diferenças de um plano de continuidade em organizações públicas e privadas, uma coisa é certa: a prevenção é a chave para a continuidade dessas instituições.

Por meio de uma gestão eficiente, uma empresa consegue se precaver de incidentes, protegendo não só os dados, mas também seus colaboradores, parceiros, instalações, entre outros.

Resiliência humana: O melhor caminho 

Acredito que o melhor caminho para estar sempre preparado para quaisquer contratempos é investir em profissionais capacitados, que são os ativos mais importantes na hora de readequar estratégias.

De uma forma complementar, é preciso estar atento ao aprimoramento dos processos que envolvem a manutenção das operações de negócio em contextos de adversidade. Esse movimento contínuo, evolutivo e ágil é um dos principais aspectos da abordagem de continuidade de negócios nestes novos tempos.

Resiliência humana: Sobre Emilio Nakamura

*Emilio Nakamura é diretor-adjunto de Segurança Cibernética da RNP

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