Trabalhar demais compensa? Veja pesquisa

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Muitos, tentando uma carreira de sucesso, tendem a trabalhar demais, achando que essa é a única forma de prosperar na carreira. É provável que você conheça alguém que pense assim. Ou talvez tenha escutado esse conselho do seu pai ou mãe quando era mais jovem. Mas será que isso é verdade mesmo? É o que um estudo realizado em 36 países americanos tenta responder.

É provável que você conheça alguém que pense assim, ou talvez tenha escutado esse conselho do seu pai ou mãe quando era mais jovem.

Mas será que isso é verdade mesmo? É o que um estudo realizado em 36 países americanos tenta responder.

Nesse estudo, mais de 50 mil trabalhadores foram questionados. A pesquisa analisou a satisfação e retorno de profissionais que optaram por trabalhar demais.

 A pesquisa

Trabalhar demais pode fazer com que um funcionário se sinta mais cansado, com uma qualidade de vida menor.

Tendo isso em mente, sabemos que isso pode piorar em grande parte o rendimento de seu trabalho.

É óbvio também mencionar que quanto mais esforço um funcionário mostrar, mais chances existem para uma promoção.

É exatamente isso que aprendemos do estudo “Implicações do esforço de trabalho e arbítrio para o bem-estar do trabalhador e resultados na carreira: uma pesquisa integrativa”, feito por pesquisadores da Europe Business School, junto da City University of London.

O objetivo era analisar se realmente vale a pena trabalhar demais.

Um questionário foi passado para 51.895 trabalhadores, em 36 países da Europa. O estudo retrata a realidade deste continente, mas que também pode se aplicar há brasileiros.

O efeito que trabalhar demais tem

Devemos ter em mente que essas práticas podem ter um efeito muito negativo na produtividade do trabalhador.

Trabalhar demais causa vulnerabilidade a erros ou acidentes, o que pode prejudicar a carreira.

Segundo o estudo, o ponto positivo é que o funcionário fica mais diligente aos olhos de seu empregador. Essa diligência, por sua vez, pode gerar recompensas na carreira, tais como promoções e remuneração maior.

Dessa forma, a pesquisa mostra que há bons motivos para se esforçar mais no trabalho. Enquanto há também pontos negativos que impedem qualquer pessoa de conseguir uma carreira de sucesso.

Por outro lado, o objetivo da pesquisa é mostrar qual dos dois resultados é mais comum na vida do trabalhador europeu.

Sabemos que, trabalhar demais pode representar conquistas como estabilidade, reconhecimento e perspectiva de crescimento, na maioria das vezes, é claro! No entanto, a ideia é entender a correlação de trabalho em excesso e todas essas conquistas.

Por isso, a pesquisa tentou analisar se os resultados poderiam ser influenciados pelo grau de arbítrio do próprio funcionário sobre a sua rotina.

No arbítrio seria à liberdade de decidir como e onde levar o trabalho a cabo, podendo escolher trabalhar em casa, por exemplo.

A que conclusão podemos chegar? O trabalhar em excesso, mesmo tendo flexibilidade, não é eficaz para quem quer uma carreira de sucesso.

Os resultados

Esses resultados precisam ser bem analisados. Os dados a respeito do grau de esforço, bem como uma carreira de sucesso, foram obtidos pela autodeclaração sobre como o funcionário enxerga sua própria situação.

Não foi feito um acompanhamento ao longo do tempo sobre quem começou a ganhar mais, foi promovido ou se manteve estável.

Além disso, a pesquisa conclui que é possível que os resultados possam ser influenciados pelo fato de que trabalhadores com um potencial de carreira limitado podem experienciar uma pressão maior para trabalhar duro.

Enquanto isso, aqueles com maior potencial podem receber uma discrição mais prontamente.

Desse modo, pode ser que trabalhar demais não seja a causa da limitação da carreira. Mas sim um sinal de que os trabalhadores têm um potencial de carreira mais limitado.

De qualquer forma, foi ressaltado no estudo que não é capaz de obter dados indicando que esforço excessivo se paga, e usa os resultados como argumento para questionar as políticas públicas.

A carreira de sucesso não depende inteiramente do trabalho excessivo, mas sim de diversos fatores, que vai depender de cada pessoa. Assim, embora o estudo tenha sido realizado na Europa, o Brasil também pode se beneficiar dele, é claro.