Indústria de Rio Negrinho lança programa de contratação para profissionais acima de 45 anos

Profissionais experientes

Conquistando espaço no mercado de trabalho, profissionais experientes se destacam pela responsabilidade, resiliência e inteligência emocional.

Nessa época de crise que estamos vivendo, pessoas de todas idades foram afetadas e muitas perderam seus empregos. No entanto, quem tem maior dificuldade para se recolocar no mercado de trabalho são os profissionais com mais de 45 anos.

Seja na profissão de uma vida toda ou em uma nova carreira, encontrar um emprego pode ser uma árdua missão para um trabalhador mais velho.

Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) mostram que, no fim de 2019, 57% dos profissionais com idade entre 55 e 59 anos estavam empregados. Neste ano, a taxa de ocupação ficou em 51% devido à pandemia.

Profissionais experientes: disputa por uma vaga

Mas por que a disputa por uma vaga tem sido tão acirrada para essa faixa etária? O fato é que muitas companhias ainda apresentam resistência em contratar pessoas com mais idade, conforme relevou a pesquisa realizada pela empresa de recrutamento Robert Half.

O estudo indicou que 69% das empresas não contrataram trabalhadores com mais de 50 anos, em 2019. Entre os motivos apontados para que os recrutadores prefiram os mais jovens estão a baixa flexibilidade (18%), a desatualização (12%) e o risco de conflitos entre gerações (7%).

Outras razões mencionadas por 140 empresas participantes de uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos em Organização e Pessoas da FGV (Eaesp) são que pessoas com mais de 50 anos são menos ágeis e têm mais dificuldade para se adaptar a novas tecnologias e a lideranças mais jovens.

Por outro lado, as mesmas companhias acreditam que esses trabalhadores oferecem vantagens como experiência, responsabilidade, resiliência e inteligência emocional e ainda contribuem para a diversidade do local de trabalho.

Profissionais experientes: a idade faz diferença

Nesse sentido, profissionais com mais de 50 anos se saem melhor ao trabalhar sob pressão, cumprir prazos e metas, tomar decisões e resolver conflitos. E essa maturidade emocional pode até mesmo ajudar os funcionários mais jovens e contribuir para o seu desenvolvimento pessoal, melhorando as relações dentro do ambiente de trabalho.

Ao invés de ser um motivo de atrito entre as gerações, a diversidade de idade pode favorecer a troca de experiências entre pessoas de diferentes idades.

Pensando nisso, a Ceraflame, líder nacional na produção de cerâmicas, da cidade de Rio Negrinho, em Santa Catarina, lançou o Programa Incentivo 45+. O objetivo é atrair pessoas acima de 45 anos que desejam se manter no mercado de trabalho, mas que, muitas vezes, não encontram oportunidades.

“Nossa expectativa com a campanha é de incluir colaboradores com uma trajetória cheia de conhecimentos e possibilitar a troca de experiências com os colaboradores que estão chegando agora no mercado de trabalho”, conta Milena Meister, coordenadora de RH da Ceraflame.

Profissionais experientes: E a fabricante de cerâmicas não está sozinha

O recrutamento e contratação de profissionais com mais experiência é uma tendência no mundo corporativo, nos últimos anos, o que indica uma gradual mudança de mentalidade.

Diante da diminuição do crescimento populacional, em nosso país, os empresários perceberam que podem sair perdendo ao preterir os mais velhos, já que a sua permanência ativos no mercado de trabalho tende a se prolongar.

Daqui a 20 anos, esses profissionais, de acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), representarão mais da metade da população ativa do país (57%).

Profissionais experientes: Dicas para os profissionais se tornarem mais autônomos nos seus processos de aprendizagem

O mundo está cada vez menos convencional e isso pede que o aprendizado também seja inovador. Segundo pesquisa do Global Learner Survey, realizada em 2019, 46% dos brasileiros aprenderam sozinhos usando recursos da internet e 82% dizem que preferem cursos de curta duração ou ferramentas online para quando precisam de alguma qualificação.

Assim, a forma de estudo tem uma nova ótica: saem os processos tradicionais e ganha força o conceito de aprendizado contínuo, em que as pessoas assimilam novos conceitos o tempo todo, seja em cursos de durações variadas, seja com suas experiências de vida e com as pessoas ao redor.

Neste contexto, o entendimento do lifelong learning (e de como abraçar essa prática no dia a dia) se tornou ainda mais importante, não só para os profissionais, mas para as empresas, que devem criar espaços internos de aprendizagem para seus colaboradores.

Afinal, a responsabilidade compartilhada de aprender – que é individual e coletiva – também faz parte do papel social das organizações para com seus times.

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