Direita ou esquerda e a importância de tomar decisões pensadas em nossas vidas, esse é o tema do nosso artigo de hoje. A autora, Roberta Veloso, traz uma reflexão profunda sobre escolhas e sua relação direta com a felicidade.
Você deve estar pensando: lá vem mais um textão sobre reflexões políticas. Mas não é disso que vamos tratar aqui. Neste momento atípico, conversando com pessoas de vários níveis sociais e lendo alguns artigos, percebi que esta crise trouxe, além das incertezas, diversos questionamentos sobre o que estamos fazendo das nossas vidas. Um quê de fim do mundo e o que eu fiz? Estou deixando um legado? Realmente me realizo onde atuo?
Tudo é válido neste momento, mas em função da atmosfera que paira no mundo, precisamos ter cuidado no ímpeto de tomar decisões drásticas que podem gerar sérios problemas num futuro próximo.
Primeiro, todos nós achamos que temos algum conhecimento da psique humana e, vendo algumas pesquisas encontradas no Google, nos reconhecemos em várias delas, apontando que o trabalho em alguns casos é o que está gerando todo o seu estresse e insatisfação.
Ok, pode até ser isso. O mais importante é a atenção quando decidimos mudar a direção do caminho. É preciso fazer ponderações detalhadas do que realmente nos incomoda. É a formação que escolhemos? É a empresa onde trabalhamos? São as amarras da estabilidade financeira e o que ela proporciona?
Nunca me deixei levar com pensamentos do tipo: “Vou procurar a felicidade, e o dinheiro vem!”
Direita ou esquerda: é tudo questão de escolhas
Para um afortunado, isso pode até acontecer, mas a grande maioria terá que realizar escolhas. Muitas vezes, a mudança radical do seu objetivo herda um fluxo financeiro que não é o que você tem atualmente.
O filho de um grande amigo meu optou em encerrar a próspera carreira de direito para ser um exímio professor de yoga e está se aplicando arduamente nisso. Mas tudo bem! O importante é você estar ciente dos riscos, avaliar os cenários e entender que, ao colocar na balança, o pêndulo pode não ser favorável para algumas necessidades. Só você poderá avaliar.
Outro cuidado são as opiniões. Como o velho ditado diz: “Se conselho fosse bom seria vendido, não dado”. Existem armadilhas inconscientes ao conversar com pessoas e suas sugestões. Quem está de fora só tem 10% do conhecimento do que se passa dentro de você, por mais que te conheça plenamente. A mente humana é espetacularmente misteriosa.
E por falar em mente, sem conselhos piegas, às vezes, é importante buscarmos ajuda dos “universitários”. Uma sequência de sessões de análise com um profissional qualificado pode, em muitos casos, abrir um leque de esclarecimentos e direcionamentos que, quando imersos no problema, não podemos enxergar. Fica a dica… e não um conselho.
Direita ou esquerda: é preciso olhar pra si
A felicidade não se compra, mas é preciso cautela e muitas avaliações nas escolhas tomadas. O perfil de cada um deve ser levado em consideração, mas também não podemos ser escravos do dinheiro ou posição social. O bom disso é que podemos errar e acertar durante a jornada, sempre avaliando criteriosamente as variáveis das consequências.
O movimento é constante, as reflexões são necessárias. Contudo, ao decidir pelo caminho da direita ou da esquerda, atenção aos atalhos.
Sobre a autora:
Roberta Veloso é superintendente e, há 30 anos atua no mercado de shopping centers e varejo. Bacharel em Comunicação Social e MBA em Gestão Estratégica de Negócios pela UFF (Universidade Federal Fluminense). Exerceu cargos de liderança como gerência, superintendência e diretoria nas principais administradoras do segmento. Especialista em administração e marketing de empreendimentos comerciais.
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