Pesquisa de Diversidade Espro: ao procurar emprego, 17% acreditam que foram desclassificados de vagas de trabalho por serem negros.
O Espro (Ensino Social Profissionalizante), entidade filantrópica que atua na inclusão de adolescentes e jovens em vulnerabilidade no mercado de trabalho, apresenta dados de sua primeira Pesquisa Diversidade Jovem, sobre a percepção de jovens negros brasileiros. Dentre os participantes que se declararam negros no estudo (47%), 77% dos entrevistados já sofreram ou presenciaram situações de preconceito em serviços como transportes, consultórios médicos, restaurantes, lojas ou eventos.
Quando questionados sobre a busca por emprego, 17% têm a impressão de já terem sido desclassificados de alguma vaga de trabalho por conta da cor da pele. A porcentagem é mais que o dobro em comparação com jovens brancos, 7%. Além disso, 18% acreditam terem sido excluídos de grupos de trabalho em razão de sua diversidade e 23% afirmam ter sofrido violência verbal, física ou psicológica no trabalho simplesmente por serem negros.
“Esta é a primeira edição de um estudo que terá periodicidade anual e que nos ajudará a entender melhor não apenas os desafios para a inclusão de uma maior pluralidade nos ambientes que os jovens frequentam, mas também em nossa própria instituição”, comenta Alessandro Saade, superintendente executivo do Espro.
A Pesquisa Diversidade Jovem 2022 ouviu 1.657 adolescentes e jovens, sendo 774 negros, com idades entre 15 e 23 anos, que são aprendizes ou estagiários do Espro. O índice de confiabilidade é de 99% e a margem de erro é de 3%.
Conversar e viver
Segundo o estudo, os ambientes onde jovens negros ficam mais à vontade para viver e falar sobre sua diversidade são aqueles quando estão acompanhados por amigos (91%), em suas escolas e faculdades (79%) e em seu núcleo familiar (77%).
Nos ambientes de trabalho e de fé, como igrejas, respectivamente, 59% e 40% dos jovens conversam e vivem sua diversidade.
Pesquisa de Diversidade Espro: perfil dos entrevistados
A Pesquisa Diversidade Jovem 2022 foi realizada por meio de um questionário online estruturado com 28 perguntas. Participaram do levantamento jovens de 15 estados mais o Distrito Federal, com predominância de pessoas de São Paulo (42%), Paraná (21%), Rio de Janeiro (9%) e Rio Grande do Sul (7%).
Os respondentes têm idade média de 19 anos, com a maioria habitando lares com três ou quatro moradores (62%) e de famílias com renda média de um a três salários mínimos (58%). 11% dos adolescentes e jovens ouvidos integram famílias com renda mensal inferior a um salário mínimo.
O objetivo central do estudo é identificar o perfil de diversidade dos participantes de programas e projetos do Espro para o embasamento das estratégias de impacto social e construção de ações direcionadas à inclusão no mercado de trabalho e ao fomento à consciência social. Nesse sentido, também foram colhidas percepções dos adolescentes e jovens quanto ao envolvimento do Espro em questões de diversidade e 68% dos jovens afirmaram já terem ouvido algum comentário positivo de um funcionário Espro defendendo a diversidade. Um dado importante que mostra o aprimoramento do ambiente organizacional da associação filantrópica.
Sobre o Espro
O Espro (Ensino Social Profissionalizante) atua na inserção de adolescentes e jovens em vulnerabilidade social no mundo do trabalho, por meio da socioaprendizagem, oferecendo uma extensa jornada gratuita, que começa nos Projetos de Formação para o Mundo do Trabalho (patrocinados ou personalizados para nossos parceiros) e segue no Programa de Aprendizagem Profissional ou no Programa de Estágio. Dessa forma, a entidade cumpre cinco dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU: trabalho decente e crescimento econômico, redução das desigualdades, educação de qualidade, saúde e bem-estar e erradicação da pobreza.
O objetivo principal do Espro é permitir aos jovens do Brasil desenvolver seus talentos para que assumam o protagonismo da construção do seu futuro e de uma sociedade mais inclusiva, bem como apoiar suas famílias e comunidades, seja por meio de projetos de capacitação ou assistência social.
Em 43 anos de existência, a entidade encaminhou 430 mil jovens para sua primeira oportunidade de emprego e realizou 1 milhão de atendimentos sociais, englobando visitas domiciliares, acompanhamentos psicológicos, visitas técnicas, oficinas de geração de renda, encaminhamentos para a rede de apoio e outras iniciativas para desenvolver e melhorar a vida e o ambiente na jornada destes jovens e das comunidades onde vivem.
As empresas e parceiros do Espro têm acesso a um portfólio completo de soluções de recrutamento de jovens com a finalidade de transformar a sociedade por meio de projetos de impacto social idealizados para cada uma de suas necessidades.
O Espro tem 8 filiais e 50 núcleos regionais espalhados pelo Brasil, alcançando 919 municípios, capacitando anualmente mais de 20 mil jovens por meio dos programas e projetos. Para ampliar sua capilaridade nacional, a entidade criou a Rede de Aprendizagem Espro (RAE) que estabelece alianças com outras organizações para fazer o acolhimento dos jovens de forma colaborativa, por meio do seu Sistema de Aprendizagem (SAE).
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