A demissão da Camila Queiroz da novela da Globo gira em torno do motivo do desligamento, esse é o tema do artigo de hoje, escrito por Carolina Okubo.
A demissão da Camila Queiroz da novela da Globo gira em torno do motivo do desligamento: o que ela teria feito? Quem é o vilão da história? O que aconteceu ontem?
E essa visão imediatista é normal. Queremos respostas rápidas, como se um fato definisse a razão de não combinarmos mais em uma empresa. E como se esse fato “curasse” a dor do rompimento.
Camila Queiroz demissão: a quebra de contrato
Na verdade, essa quebra de contrato deveria ter dado o holofote para temas como saúde mental e machismo no mercado de trabalho. É uma oportunidade (triste) de reflexão.
A atriz divulgou nas redes sociais que estava com a saúde mental debilitada, tinha ficado doente e não se sentia bem com seu trabalho. Houve quem a questionou sobre o atestado médico, jura?
Camila Queiroz demissão: dados no Brasil
O Brasil é o segundo país do mundo que mais sofre de estresse causado pela vida profissional (ISMA), que tem os maiores índices de ansiedade das Américas (OMS) e um dos que mais teve casos de depressão na pandemia.
Muitas bandeiras são levantadas quando o assunto é saúde mental, mas elas parecem desaparecer quando uma justificativa polêmica se torna mais conveniente.
Camila Queiroz demissão: certa em se impor
Se a Camila não concordava com o desfecho do seu papel, ela está certa em se impor. Assim como você também deve fazer isso na sua carreira. Não é porque é atriz, não é porque dizem que é o certo, não é porque mandaram que temos que aceitar. Existe uma pessoa por trás de um cargo.
A própria emissora fez uma nota ofensiva, na minha opinião, sobre essa quebra de contrato, na tentativa de trazer um motivo para o fim da relação. Bem diferente do que aconteceu no caso do José Mayer, que se envolveu em um escândalo de assédio no trabalho e teve uma despedida mais “cordial”. Por que será?
Camila Queiroz demissão: a verdadeira realidade
A ironia do Verdades Secretas foi expor uma realidade enfrentada na carreira de muitos profissionais, principalmente mulheres: preconceito, assédio, saúde mental e felicidade no trabalho.
No final, a Camila Queiroz estava interpretando um papel muito maior do que a Angel. Ela interpretou um papel de si mesma ao aguentar calada todas as pressões. E representou diversas mulheres na vida real.
E eu te pergunto: quantos papeis você tem interpretado no trabalho?
Leia também – O burnout no trabalho – Saiba mais.
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Carol Okubo está a frente do PraCarreiras, é estrategista de carreira com 90% dos seus alunos recolocados. Acredita que todo profissional tem talento, precisa apenas aprender a estratégia certa para se posicionar.
