Consultores de Carreira analisam demissões em massa

Desligamento humanizado

Desligamento humanizado: a Gerente de Operações de Transição de Carreira LHH Brasil, Patrícia Paniquar fala sobre.

Sabemos que a pandemia acelerou (e muito) a transformação do mercado de trabalho, no qual o home office passou a fazer parte da realidade de muitas organizações. Inevitavelmente, esse novo cenário implica na contratação e desligamento de colaboradores de forma virtual, demandando um desafio para a liderança não só do gerenciamento de toda essa mudança como um todo, mas nas variadas situações pontuais do dia a dia, das quais a dimensão humana não pode ser esquecida.

De acordo com a Gerente de Operações de Transição de Carreira LHH Brasil, Patrícia Paniquar, recentes episódios de desligamento, via plataformas de vídeo chamadas, trouxeram à tona um debate que há anos os especialistas veem chamando a atenção, que é a demissão humanizada. “O desligamento é muitas vezes inevitável para atender às demandas de mercado e da própria companhia, porém é possível e primordial que o líder administre a situação e esta conversa difícil de maneira transparente e respeitosa”, sinaliza Patrícia.

A consultora ressalta que o desligamento por si só gera um incômodo para ambas as partes, mas se for mal conduzido pode se tornar uma experiência traumática. No entanto, ela alerta que se engana quem acha que esse “prejuízo” pode ser somente para o colaborador, pois a empresa também pode sofrer consequências de uma demissão mal orquestrada.

“Os reflexos para o funcionário podem ser devastadores, principalmente se for um comunicado sem justificativa ou planejamento, levando a conversa para feedbacks fora de hora, busca por culpados, acusações e exageros por parte do empregador. Isso gera traumas sim. Entretanto, num mundo no qual as redes sociais estão aí, uma organização também pode ter consequências na sua reputação e/ou imagem diante de uma atitude desastrosa ao demitir”, alerta.

Segundo Patricia, esse “fenômeno” já vem sendo notado em vários países, ou seja, pesquisas pontuais e locais, ouvindo trabalhadores de diversos segmentos, apontam que a cultura tóxica da organização vem desestimulando as equipes e provocando demissões “espontâneas”, um movimento global também conhecido por Great Resignation (“grande resignação”).

Ela afirma que um desses fatores é a maneira com a qual o colega de trabalho foi tratado em seu desligamento, impactando negativamente o trabalhador que ficou, que muda totalmente sua percepção sobre a empresa e o que esperava dela. Um movimento como este resulta um somatório de experiências negativas ou incompatíveis com valores e estilo de vida do colaborador, e claro, a forma como as organizações tratam e se relacionam com seus empregados durante todo o ciclo influenciará esta percepção.

Desligamento humanizado: apoio

“A notícia de uma demissão é ruim para todo o ambiente. Para quem comunica, para quem recebe a notícia e para os colegas que ficam. Por isso, tornar esse momento o mais profissional e humano possível é fundamental, preparando e realizando a comunicação de modo a considerar o antes, o durante e o depois, ou seja, apoiando esse profissional na sua retomada ao mercado de trabalho”, afirma.

Acrescentando que, na atualidade, toda organização deve considerar como estratégico para a sua liderança, o tema carreira e seus ciclos em prol do próprio líder que teve essa incumbência, do colaborador desligado e da imagem da empresa. “Humanizar esse momento é um caminho sem volta. Quem não entender isso está fora de sintonia com o mercado”, conclui.

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