Organizações deverão ter mais atenção com bem-estar, experiências customizadas e missões de impacto social, nas novas jornadas de trabalho.
A covid-19 provocou uma verdadeira revolução no dia a dia de empresas de diferentes setores, que, do dia para a noite, precisaram adaptar processos, desenvolver novas soluções e adotar novas tecnologias.
Essa nova realidade imposta pela pandemia ainda não acabou, mas, com todas essas mudanças e distanciamento, como será o pós-coronavírus das empresas? Em seu último Sentinel Report, a Globant, uma das principais companhias de tecnologia da América Latina e especialista em transformação digital, apresenta tendências para o futuro do mundo corporativo.
Essa visão de futuro tem como base quatro pilares principais, que farão as organizações mudarem drasticamente: o futuro do escritório, experiência sob medida para o funcionário, consciência e bem estar e empresas conscientes.
Essas transformações, assim como outras mudanças que ocorrem nos hábitos da sociedade nas últimas décadas, têm um fio condutor compartilhado: tecnologia, que, ano a ano, faz essas mudanças ficarem cada vez mais rápidas.
Novas jornadas de trabalho: Transformar processos e criar soluções
A Globant, além de ser especialista em transformar processos e criar soluções de jornada digital, trabalha também na criação de um ecossistema e cultura organizacional que abraça a mudança e mantém as pessoas engajadas.
“A tecnologia e os processos por si só não fazem uma empresa se transformar. Organizações são feitas por pessoas, que precisam se sentir ouvidas e ver o exemplo vindo de cima, da liderança.
Por isso, criamos uma série de soluções digitais que, além de dar ferramentas para a mudança, ajudam as organizações a transformarem completamente suas culturas”, diz Alexandre Thomaz, Diretor Geral da Globant no Brasil.
Os 4 pilares que mudarão o futuro das empresas:
Novas jornadas de trabalho: O Futuro do Escritório
O grande escritório, no qual todos os empregados de uma empresa se reúnem, vai virar coisa do passado.
Considerando esse fato — para as empresas que podem aderir a processos remotos –, junto às possibilidade de se trabalhar de qualquer parte do mundo com acesso à internet e carreiras mais longas, por conta de prováveis extensões na idade de aposentadoria, é possível dizer que a composição das organizações será mais imprevisível, porém mais flexível.
Com isso, nos próximos anos, devemos ver a adoção mais ampla de Coworkings, escritórios menores perto de casa e até escritórios em locais remotos.
Para lidar com esse cenário, a Globant desenvolveu o StarMeUp, um sistema operacional cultural projetado para aumentar a confiança e gerar pertencimento entre colegas de trabalho, onde quer que estejam.
Essa tecnologia ajuda a organização das empresas, no sentido de usar tecnologia para entender e melhor atender os colaboradores.
Isso acontece por meio da construção de culturas digitais, usando o que há de mais recente em IA, possibilitando entender melhor as necessidades das pessoas, gerar mais insights e aumentar engajamento e satisfação interna.
Novas jornadas de trabalho: Experiência sob medida para funcionários
Grandes experiências de funcionários podem aumentar seu engajamento, e equipes altamente engajadas podem gerar um aumento de 21% no lucro, segundo pesquisa realizada pela Gallup.
Visto mais com olhar para o consumidor, experiências envolventes, engajamento e valorização são pontos-chave também com público interno de organizações. Essa lacuna interna costuma ser explicada pelo fato de muitas empresas terem visão macro dos funcionários (recrutamento, retenção, integração, etc.), enquanto, para os colaboradores, é uma experiência mais pessoal.
A partir de 2021, devemos ver mais empresas buscando personalização na experiência dos colaboradores, a partir do entendimento de que cada um tem processos individuais dentro da organização.
Dois caminhos devem ser essenciais, especialmente em relação ao tratamento com gerações mais novas: o oferecimento de benefícios de alto valor percebido, mantendo o público interno engajado; e desenvolvimento, de forma que o colaborador veja que a empresa oferece ferramentas para se crescer como profissional.
Novas jornadas de trabalho: Consciência e bem-estar
Uma pesquisa conduzida pela American Psychological Association aponta que 89% dos funcionários de empresas que promovem iniciativas de bem-estar são mais propensos a recomendar a empresa como um bom lugar para trabalhar.
A pandemia tornou ainda mais evidente a importância da saúde mental, dentro ou fora de organizações. No ambiente de trabalho, os esforços das companhias devem ser vistos como uma forma holística de trabalhar.
Isso envolve: proteção e segurança em todos os aspectos do trabalho (físico e mental), suporte psicológico, apoio financeiro e dar sentimento de pertencimento (apoio emocional).
Nesse sentido, existem três principais tendências:
Novas jornadas de trabalho: Bem-estar digital
O cuidado de não manter o colaborador exposto às telas por muito tempo consecutivo, com enxurrada de informações o tempo inteiro, videochamadas constantes, mensagens de texto fora do horário e mais. A comunicação corporativa deve passar por uma mudança profunda.
Novas jornadas de trabalho: Vida profissional flexível
Este ponto tem como objetivo evitar esgotamento e, nos casos mais extremos, burnout. Isso inclui mudanças no formato tradicional de carga horária e períodos sabáticos para reter grandes talentos.
Novas jornadas de trabalho: Lugares emocionalmente seguros
Este ponto envolve criar uma experiência de funcionário onde as pessoas se sintam seguras, tenham um sentimento de pertencimento, sintam que suas ideias e sentimentos são ouvidos. Uma pesquisa do Google já concluiu que a “segurança psicológica” é o indicador número um do sucesso da equipe.
Novas jornadas de trabalho: Empresas conscientes
Além dos próprios funcionários, hoje, a demanda do público por empresas com missão, consciência social e ética se tornou padrão. Isso vai desde a ética no ambiente de trabalho até iniciativas voltadas para proteção ambiental, diversidade e inclusão.
Uma pesquisa da Fortune descobriu que 72% dos entrevistados acreditam que as empresas devem ser “voltadas para a missão” e também focadas nos resultados financeiros. E 64% dizem que o objetivo principal de uma empresa deve incluir “tornar o mundo melhor” — tanto quanto acreditam que deve incluir ganhar dinheiro.
Normalmente associado aos nômades digitais, o trabalho remoto pode ter um grande papel em diversidade e inclusão dentro de organizações, já que pode dar espaço para Pessoas Com Deficiência ou com doenças crônicas, funcionários que estão à espera de um bebê ou mesmo quem precisa ficar em casa cuidando dos filhos. Cada vez mais, o trabalho remoto
também é uma ferramenta para o desenvolvimento econômico em áreas onde outros empregos podem não estar tão disponíveis. Visto que trabalhar remotamente pode se tornar um “novo normal” para muitas organizações, isso cria uma oportunidade de repensar como isso poderia melhorar a cultura da empresa para avançar para a próxima grande mudança.
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