Uma pesquisa feita com mais de 9 mil pessoas descobriu que 25% fazem parte da Geração Nem Nem, que não trabalha nem estuda.
Para muitos, o momento mais desafiador da carreira é simplesmente o começo. Ao finalizar a graduação, a pessoa se encontra no marco zero de diversas possibilidades, já que agora tem o conhecimento necessário para colocar a profissional em prática, mas falta um pré-requisito muito exigido em vagas: experiência.
A partir deste cenário, uma nova categoria foi criada, a Geração Nem Nem (que não trabalha nem estuda), geralmente composta por pessoas mais jovens. Para entender melhor as circunstâncias atuais, a Mindsight, empresa de tecnologia e gestão de pessoas, realizou um levantamento com 9.241 pessoas (57% se identificaram como mulheres, 43% como homens e 1% como não binário) sobre os desafios da nova geração.
Recém-formados no mercado de trabalho: uma análise geral
Na análise geral, 48% dos entrevistados acreditam que o recém-formado tem mais dificuldades para entrar no mercado de trabalho. Entre os participantes com 30 anos ou menos, o percentual foi de 63%, enquanto que para o público acima dos 30 ficou em 33% – entre estes, 26% acreditam que o processo é difícil para todos sem diferenciação por idade e 21% pensam que é mais difícil para pessoas que, por diversos motivos, tenham se afastado do mercado de trabalho por um longo período.
A pesquisa descobriu também que 25% dos respondentes fazem parte da Geração Nem Nem. A maioria (35%) dos participantes está apenas estudando e buscando uma posição no mercado, e 42% afirmou que só retomará os estudos depois que começar a trabalhar.
Recém-formados no mercado de trabalho: nível de escolaridade
Entre os participantes, 28% têm graduação completa e 27% incompleta, enquanto 17% finalizaram o ensino médio – além disso, 15% dos entrevistados possuem pós-graduação completa e 8% incompleta.
Os números são bem similares quando é feita a segmentação por gênero, com algumas pequenas diferenças quanto ao ensino médio completo e pós-graduação completa:
As diferenças se tornam maiores quando são feitas análises considerando as auto-declarações étnico-raciais. Entre os participantes que se consideram brancos (49% do total), 20% possuem pós-graduação completa – já entre os que se consideram pretos (15% do total), esse número cai para 9%. Somando participantes não brancos (pretos, pardos, amarelos e indígenas, que juntos somam 51% do total), cerca de 11% possui pós-graduação completa.
Recém-formados no mercado de trabalho: desemprego durante a pandemia
Outro ponto a ser destacado é na taxa de desemprego, que acomete 60% dos participantes. Entre as mulheres entrevistadas, 64% não estão trabalhando, enquanto entre os homens, a taxa cai para 56%.
Em um recorte racial, os pretos são os mais atingidos, com 29% afirmando não estar trabalhando e nem estudando atualmente, e também os que mais sofreram com a pandemia, com 40% afirmando que houve impacto no setor em que trabalham. Entre os que se consideram brancos, 23% não trabalham nem estudam – em relação à percepção do impacto da pandemia na área de trabalho, o percentual é de 34% .
Para 61% dos homens e das mulheres, a pandemia afetou muito ou moderadamente sua área de atuação.
“O mercado de trabalho brasileiro sofreu bastante no ano passado, deixando diversas pessoas desempregadas em busca de uma recolocação. Podemos relacionar essa informação à situação dos jovens no ambiente de trabalho na pandemia, que fez com que empresas focassem na contratação de profissionais mais experientes e qualificados, o que impactou pessoas entrando no mercado”, conta Thaylan Toth, CEO da Mindsight.
Recém-formados no mercado de trabalho: sobre a Mindsight
A Mindsight leva ciência, inteligência e tecnologia para os processos de gestão de pessoas. Com algoritmos próprios de Inteligência Artificial e aplicação de machine learning, a Mindsight desenvolve ferramentas analíticas e preditivas que proporcionam às áreas de Recursos Humanos mais assertividade em suas tomadas de decisões. Fundada em 2015, a empresa especializada já está presente em sete países, auxiliando mais de 450 companhias a levarem racionalidade para uma área dominada por vieses e achismos. Para mais informações, visite: https://www.mindsight.com.br/.
Leia também – Empresas inclusivas têm funcionários mais felizes.
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