Resenteeism: o novo fenômeno é o sucessor natural do “quiet quitting“, ambos podem ser resumidos como respostas óbvias ao esgotamento.
O “resenteeism” (ressentimento, em tradução livre) é a ideia de permanecer em um emprego no qual você está fundamentalmente infeliz devido a preocupações com a segurança do emprego ou à falta de opções melhores – mas, depois de um tempo, o colaborador começa a se ressentir ativamente e faz com que todos à sua volta saibam desse fato.
Esse novo fenômeno é o sucessor natural do “quiet quitting” (demissão silenciosa, em tradução livre), que se resume simplesmente a fazer o mínimo necessário em seu trabalho em vez de ir além para progredir. Ambos podem ser resumidos como respostas óbvias ao esgotamento, uma experiência muito comum no local de trabalho nos últimos anos.
A tendência ganhou destaque a partir de um despertar das últimas gerações e, segundo Isabela Corrêa, CEO e co-fundadora da B.NOUS, uma edtech focada no desenvolvimento e aprimoramento de habilidades ligadas à inovação e habilidades humanas, é papel das empresas poderem prevenir esses novos cenários.
Resenteeism: comunicação
“Acredito que todo esse contexto é fruto, principalmente, da falta de comunicação e alinhamento entre gestores e colaboradores, falta de troca, de entender as expectativas, momentos de vida, e por isso eu vejo com otimismo esse momento. Vendo o copo meio cheio é uma oportunidade da empresa (gestores e líderes) de reverem sua cultura, suas práticas de gestão, e pensarem em novos comportamentos e até políticas para aumentar o diálogo, a transparência, um ambiente acolhedor ao teste ao erro, às ideias. rever sistema de benefícios, refletir sobre demanda/escopo de trabalho de cada um, entre outras coisas…mas realmente é preciso escutar e dialogar”, diz.
Para evitar o resenteeism, os gestores precisam se aproximar do time e criar nas organizações um ambiente de confiança e segurança para que todos os tipos de conversa possam acontecer, até mesmo as mais difíceis. “A gestão precisa olhar para suas práticas de gestão e identificar porque os colaboradores estão adotando esse tipo de comportamento. O líder não pode esquecer, em nenhum momento, que seu papel é ser também um gestor de pessoas”, destaca Deives Rezende Filho, CEO e fundador da Condurú Consultoria.
Caso tenha interesse na pauta, fico à disposição para fazer a ponte com os especialistas.
Isabela Corrêa
Fundadora e CEO da B.NOUS, Isabela é graduada em Engenharia de Produção pela instituição PUC – Rio e com mestrado em políticas públicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem mais de 8 anos de experiência como consultora na área de educação e já colaborou com Sebrae e Sesi. Criou a B.Nous para ajudar pessoas e empresas a se prepararem para o futuro do trabalho.
Edtech focada no gerenciamento e aprimoramento de habilidades ligadas à inovação e habilidades humanas. Seu propósito é revolucionar a aprendizagem e preparar as pessoas e empresas para o futuro do trabalho.
Fundador da Condurú Consultoria e possui 40 anos de experiência no mercado financeiro e em outras empresas. Trabalhou em organizações nacionais e internacionais como Itaú, Unibanco, Instituto Ethos, Grupo Stratus, Citibank, Credit Suisse, Morgan Stanley, JPMorgan, Royal Bank of Canada e Banco Real. Graduado em Ciências Contábeis, possui MBA em Gestão Empresarial (FGV-SP) e extensão em Negociação e Sustentabilidade (FGV).
É coach e mediador organizacional pelo Instituto EcoSocial, Professional Certified Coach (PCC), Mentor Coach (International Coach Federation), especialista em temas de Governança Ética, ex-presidente do Comitê de Ética ICF-Brasil e palestrante em Ética Empresarial, Conflitos no Ambiente de Trabalho, Protagonismo do Negro e Inclusão Racial. Escolhido pelo Forbes 2021 como uma das 10 pessoas com +50 que se reinventaram na carreira.
Criada em 2017, a Condurú é uma consultoria que auxilia na implementação de programas de governança, apoia a construção ou atualização de códigos de ética ou de conduta e promove palestras e workshops de diversidade e inclusão.
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