A saúde mental dos trabalhadores tem sido muito afetada desde que começou a pandemia, veja o que a pesquisa da Workana revela.
Pesquisa da Workana revela que, apesar de 76,1% dos clts terem trabalhado bem de casa, aspectos psicológicos têm pesado; 28% das mulheres disseram ter sofrido de ansiedade no trabalho à distância; Entre os homens, índice ficou em 8,33%
Com uma nova realidade, na qual, mesmo no pós-pandemia há a possibilidade de algumas empresas adotarem o home office definitivamente ou de forma híbrida, surge também um novo ponto de atenção aos gestores: a saúde mental dos colaboradores – e como mantê-la em dia.
Saúde mental dos trabalhadores: Novos dados
Dados do novo relatório anual da Workana , maior plataforma que conecta freelancers a empresas da América Latina, mostram que 76,1% das pessoas com carteira assinada manifestaram ter trabalhado muito bem remotamente.
Inclusive, 27,3% afirmaram ter aproveitado o tempo que deixaram de gastar no traslado até o escritório para estudar online, e 20,9% para passar mais tempo com a família, como podemos ver no gráfico abaixo:
São vários fatores positivos. Porém, neste cenário atípico que estamos vivendo, com inúmeras incertezas quanto à economia, uma grande sensação de instabilidade, e a necessidade de os profissionais se dividirem entre afazeres de casa, atenção à família, videoconferências.
É possível notar que esse novo modelo de trabalho acabou comprometendo o psicológico de algumas pessoas, de 43,7%, para sermos mais exatos, que sofreram dos seguintes transtornos:
As mulheres foram as mais acometidas pela ansiedade: 28% delas afirmaram ter enfrentado o problema. Entre os homens, a taxa ficou em 8,33%. Foram elas também que tiveram mais dificuldade de concentração.
A porcentagem ficou em 24% entre as mulheres, e 17,71% entre eles. E quanto ao estresse, os homens sofreram mais, com 7,29% ante 5% das mulheres.
Saúde mental dos trabalhadores: Inteligência emocional
O mercado tem visado profissionais com uma alta capacidade de equilibrar seus próprios sentimentos, mas várias questões influenciam a trajetória rumo à inteligência emocional plena de fato, dentre elas, a pressão do próprio mercado quanto ao desenvolvimento dessa competência – desenvolvimento esse que, não necessariamente deve ocorrer de forma solitária e urgente.
Diante dos números de transtornos psicológicos apontados acima, Daniel Schwebel, country manager da Workana no Brasil, destaca que o discurso de que questões pessoais devem ser separadas do lado profissional está ultrapassado, e não condiz mais com a realidade.
“O trabalho remoto está aí, como uma opção vantajosa e saudável a todos, desde que as empresas compreendam que são movidas por pessoas, e atuam para pessoas. É fundamental humanizar as relações, até porque, o gestor contribuir para que o funcionário desenvolva sua inteligência emocional só trará ganhos a ambas as partes”, explica.
Saúde mental dos trabalhadores: Mais dados da pesquisa
Ainda segundo pesquisa da Workana, 84,2% das organizações estão pensando em promover o trabalho remoto depois da pandemia. Positivamente, muitas delas entenderam a importância de focar no bem-estar das pessoas, e já colocaram ações voltadas ao lado humano – como flexibilidade de horário, e suporte a quem tem filhos – na lista de prioridades:
“A pandemia por si só já causa uma sobrecarga psicológica, e todo mundo enfrenta problemas diariamente. Se ao invés de apostar em especialistas para acompanhar, dar suporte aos profissionais, e mantê-los mentalmente saudáveis, o mercado colocar mais e mais empecilhos, colaboradores incríveis serão perdidos, não haverá mais contratações, e nem evolução”, conclui Schwebel.
Saúde mental dos trabalhadores: Sobre a Workana
Fundada em 2012, a Workana é um marketplace que conecta freelancers a empresas e possui atuação em toda a América Latina. A plataforma oferece flexibilidade e agilidade na contratação de profissionais para os projetos cadastrados.
Com oito anos de atuação, a empresa já atingiu a marca de mais de um milhão de projetos postados na plataforma e possui, atualmente, mais de 3,2 milhões de freelancers cadastrados.
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