A força da liderança feminina e seu papel na busca pela representatividade

Liderança feminina

Recentemente, uma imagem com mulheres líderes de países que se destacaram no combate ao coronavírus rodou as redes sociais, mostrando a liderança feminina.

De acordo com a mídia e com especialistas, essas lideranças femininas foram donas das melhores estratégias contra a Covid-19.

A Nova Zelândia – país que tem Jacinda Arden como primeira-ministra, por exemplo -, estava há quase um mês sem nenhum caso da doença.

Porém, apesar dessa constatação positiva sobre mulheres ocupando cargos de liderança, é inevitável não lembrar que em 2018, as líderes políticas representavam somente dez dos mais de 150 chefes de estado eleitos.

Liderança feminina: será que somos representadas?

Ou melhor, será que nós mulheres estamos tendo as mesmas oportunidades que os homens no que tange liderar nações?

O mesmo questionamento é válido para o mundo corporativo. Uma pesquisa da consultoria McKinsey revelou que, ao observarmos as empresas como um todo, a presença de executivas mulheres está maior.

Mas, ainda assim, continuamos sendo minoria.

Por isso, trago à tona uma reflexão: Nós apoiamos umas as outras para crescermos juntas e sermos maioria?

 Liderança feminina: antes de fundar o Homer

Antes de fundar o Homer, em 2016, passei por outras empresas onde presenciei e vivi o preconceito de gênero.

Para minha surpresa, notei que ele não está só nos homens, mas também em algumas mulheres que demonstram acreditar que promoções ou aumentos, por exemplo, só ocorrem quando há uma relação “diferenciada” entre os colaboradores e pessoas de cargos superiores.

E não apenas graças a seu mérito e competência, que são os fatores que deveriam ser levados em conta.

Isso está longe de ser apoiar alguém, e ver esse pensamento pairar na cabeça de muitos profissionais, independente do gênero, só me fez ter certeza que esse é um problema estrutural da sociedade e que tal atitude só faz reforçar o preconceito quanto à capacidade das mulheres.

 Liderança feminina: presença das mulheres em startups

Em relação à presença feminina em startups, a coisa não muda muito de figura. É perceptível que, por ser um mercado de tecnologia e inovação, muitos pensam haver menos espaço para as mulheres e, consequentemente, menos qualidade nas profissionais do sexo feminino.

Isso porque existe um déficit muito grande delas nas chamadas carreiras STEM – Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática na sigla em inglês -, o que faz com que tenhamos um número reduzido de CTOs e CEOs nas startups brasileiras.

No entanto, felizmente já existem diversas ações que impulsionam as jovens a buscarem carreiras em áreas de tecnologia e na gestão de empresas do ramo, uma delas é promovida pela ONG Inspiring Girls, da qual sou voluntária e embaixadora.

 Liderança feminina: o caminho que percorreu

Olhando para o caminho que percorri desde o início da minha carreira e agora em quatro anos como CEO de uma startup e sócia de um fundo de investimento, acredito que ser líder vai muito além de fazer uma empresa crescer e ganhar dinheiro.

É desafiador, porque essa responsabilidade engloba criar um ecossistema justo e quebrar paradigmas para termos mais representatividade no mercado, e ainda sinto que, no mercado corporativo, faltam mulheres que puxam mulheres para cima.

Por isso, esse é o papel que tenho buscado exercer como liderança feminina: contribuir para que outras mulheres tenham a oportunidade de crescer, ser líder ou, simplesmente, desempenhar funções que merecem ou almejam em suas carreiras.

 Liderança feminina: promover a igualdade

É meu dever – mas também é seu – promover essa igualdade apoiada em princípios da diversidade e respeito mútuo. O que você tem feito por isso?

Que tal começar por dar mais oportunidade a elas, e auxiliar em seu desenvolvimento?

Garanto que muito resultado positivo há de vir, não só no âmbito profissional, mas pessoalmente falando – e até mesmo pensando como a sociedade num todo.

Afinal, quem incentiva uma mulher está, indiretamente, ajudando também uma mãe, filha, irmã, esposa, a apoiar todos ao seu redor.

 Liderança feminina: quem é Livia Rigueiral?

Livia Rigueiral é CEO do Homer, aplicativo pioneiro e gratuito que utiliza inteligência artificial para fazer conexões entre corretores imobiliários em todo o país.

Leia também – Mulheres na tecnologia: B2Mamy lança programa inédito para formar mães líderes em tecnologia.