Como está o mercado de trabalho hoje: Brasil lidera redução salarial e de jornada de trabalho na América Latina durante a pandemia, revela PageGroup. Levantamento inédito aponta principais medidas adotadas pelas empresas para enfrentamento do novo coronavírus.
Como está o mercado de trabalho hoje: respaldo em lei
Participaram do levantamento, realizado em abril deste ano, 3 mil executivos em cargos de alta e média gestão no Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México.
Como está o mercado de trabalho hoje: redução de custos é prioridade para manutenção de empregos
Os executivos latino-americanos apontaram a redução de custos como medida prioritária para proteção do emprego durante a pandemia, com 52,7%. Na sequência apareceram auxílio financeiro da empresa (26,2%), redução salarial (7,1%), diminuição da jornada de trabalho (4,2%), redução de benefícios e licenças não-remuneradas (3,8%, cada) e trabalho em meio período (2,1%).
Ao avaliar o estudo por país, o Brasil lidera as intenções de reduções salarial (11,8%), de jornada de trabalho (7,8%) e trabalho em meio período (5,9%) enquanto o Chile aparece com mais simpatizantes na região para reduções de custos (55,6%) e benefícios (3,8%). O auxílio financeiro da empresa é a medida com mais adeptos na Argentina (36,7%) enquanto o México desponta na dianteira para adoção de licenças não-remuneradas (3,8%).
Quando questionados sobre uma possível redução significativa na folha de pagamento, os executivos brasileiros foram os únicos a obterem maioria favorável na região, com 50,9% de intenções de colocar o plano em prática. Nos demais países a opção foi rechaçada, em sua maioria, por argentinos (76,2%), colombianos (74,7%), mexicanos (65%), chilenos (61,5%) e peruanos (60,8%).
Quais opções você tem para proteger seus funcionários nesse contexto?
Como está o mercado de trabalho hoje: Brasil e Peru têm menores índices de adesão ao trabalho remoto
O Estudo Aprendizados e Tendências do covid-19 na América Latina revela como está o índice de adesão ao trabalho remoto. Os resultados apontam Peru e Brasil com menos adeptos a essa modalidade laboral. Os dois países obtiveram menores percentuais daqueles que somam mais de 80% atuando remotamente, com Peru (37%) e Brasil (40,5%). Em contrapartida, a Colômbia, com 58%, e a Argentina, com 54,6%, obtiveram maior êxito dos que representam mais de 80% trabalhando em casa.
Em outro indicador, que traz aqueles que representam menos de 20% atuando remotamente, o Brasil também não apresenta bons números. Enquanto a média da região para essa questão ficou em 16,5%, o percentual brasileiro foi de 19%, ficando abaixo apenas do Peru (22,6%) e Chile (20,4%).
Este item ganha mais relevância quando são avaliados os resultados da atual política de trabalho das empresas. A atuação remota tem a menor representatividade da amostra no Brasil (90,5%) quando comparado aos vizinhos Argentina (98,6%), Chile (98,4%), Colômbia (97,5%), Peru (96,2%) e México (95,6%).
Outro dado que chama atenção se refere ao trabalho no escritório durante a pandemia. Mais uma vez o Brasil aparece à frente nesse quesito, com 45,7%. É acompanhado, mais à distância, pelo Chile (26,3%), México (24,5%), Colômbia (18%), Argentina (15,7%) e Peru (15,4%).
Qual a porcentagem de sua força de trabalho trabalhando remotamente?
Medidas governamentais orientam ações de combate à covid-19
Como está o mercado de trabalho hoje: novos desafios em contratação pós-pandemia
O levantamento aponta que a maior parte das empresas decidiu congelar contratações durante a pandemia. Contratações de cargos estratégicos foram verificadas com mais intensidade no Brasil (25,5%) e Colômbia (22,1%). Foram detectadas aumento na contratação de trabalhadores temporários no Brasil (3,8%) e México (2%). A falta de orçamento para novas contratações foi mais sentida no Peru (5,5%) e México (3,8%).
Quais são os principais desafios da organização para incorporar novos talentos no contexto atual?