Entenda a importância da engenharia ambiental que atua para manter o equilíbrio entre o meio ambiente com as áreas econômicas e sociais.
Hoje, dia 31 de janeiro é comemorado o Dia do Engenheiro Ambiental. A profissão tem como principal objetivo a preservação do meio ambiente, por meio de políticas, estratégias e ações que visam reduzir o impacto humano no planeta e recuperar as áreas que sofrem com a má utilização dos recursos ambientais. Hoje, empresas públicas e privadas têm apresentado alternativas de redução e destinação adequada de seus resíduos, a racionalização do consumo de recursos naturais e uma produção mais equilibrada e limpa, com foco na agenda ESG (ambiental, social e governança).
Sozinho, o Brasil corresponde a 10% de todos os empregos verdes no mundo, ocupando a segunda colocação entre os maiores empregadores da indústria de biocombustíveis, solar, hidrelétrica e eólica. Perdendo apenas para a China, que tem 42% dos 12.7 milhões de postos de trabalho do planeta, segundo dados da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), compilados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No setor eólico, por exemplo, a energia offshore (em alto-mar) nem começou a ser explorada ainda, mas tem potencial de 700 mil MW no País. Cada MW de energia offshore gera 17 postos de trabalho ao longo de 25 anos de vida útil de um projeto. Na eólica convencional, em terra, esse número é um pouco menor: 11,7 empregos por MW instalado.
Apesar de as novas fontes serem as que mais acrescentam postos de trabalho hoje em dia, em termos consolidados são os biocombustíveis e as hidrelétricas que empregam mais no Brasil, segundo a Irena. De 1,27 milhão de empregos verdes, 68% vêm da indústria de combustíveis sustentáveis e 14%, das usinas hídricas — duas áreas tradicionais no setor energético desde os anos 60 e 70. O programa de Estudos do Futuro, da Fundação do Instituto de Administração (FIA), apontou que os empregos verdes considerados promissores são: engenheiros, advogados ambientais, agrônomos, ecologistas, biólogos, entre outros.
Um levantamento realizado pela Empregos.com.br, uma das maiores plataformas de recrutamento e seleção do país, apontou que dentre os cargos apresentados, agrônomo é o que mais possui oportunidades, com 46 vagas abertas, seguido por engenheiro agrônomo (34), biólogo (31), engenheiro ambiental (26) e advogado ambientalista (3).
É o caso do Fernando Silva, engenheiro que criou a PWTech, uma premiada startup que atua em parceria com órgãos governamentais em iniciativas que provêm água potável em regiões que convivem com a escassez do recurso natural. “Percebemos a real demanda no mercado de uma tecnologia que fosse de baixo custo, portátil e eficaz o suficiente para filtrar uma grande quantidade de água contaminada por dia”, conta o empreendedor.
Foi então que desenvolveram o PW5660, um equipamento validado pelo corpo técnico da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) capaz de despoluir quase 6.000 litros de água em 24h. “Hoje, o sistema é utilizado em missões humanitárias, como aconteceu recentemente na Ucrânia, Madagascar e no Haiti, bem como em projetos sociais que tem como foco levar água potável para comunidades carentes no Brasil, como é o caso do Projeto Nascente, na Ilha do Bororé”, compartilha Fernando Silva.
Quatro anos após o nascimento da empresa, a PWTech acumula premiações de inovação e já alcançou um crescimento considerável. Hoje a equipe é composta por 14 colaboradores sendo 06 engenheiros e 06 técnicos, todos capacitados para solucionar problemas hídricos nos mais diferentes segmentos. E prevê ainda, um crescimento de 20% nos próximos anos.
Sobre a PWTech
Fundada em 2019, a startup tem como proposta uma solução inovadora que possibilita levar água potável para as regiões mais remotas e carentes do mundo. Apesar de ser uma empresa nova, a PWTech já acumula importantes premiações. Entre elas: é a número um no 100 Startups to Watch (na área de água e saneamento), GovTech BrazilLAB, Inovativa, finalista do Amcham Arena, além de Prêmio Startup do 13º Fórum de Inovação e Tecnologia da Câmara de Comércio Internacional França-Brasil de São Paulo (CCIFB-SP); Prêmio de Startup Destaque — Saúde e Alimentação InovAtiva e o 4º lugar entre as Startups TOP 10 FoodTechs do Open Startups.
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