Faltam vagas para Profissionais Trans: número de empregados cresceu, mas de vagas diminuiu

portal TransEmpregos

Pesquisa realizada pelo portal TransEmpregos mostra que São Paulo é o estado que mais contrata profissionais trans no país.

Hoje dia 29 de janeiro celebra-se o dia da “Visibilidade Trans”, data é marcada através de um ato realizado na mesma data em 2004, em Brasília, por conta do lançamento da campanha “Travesti e Respeito”. O ato foi um marco na história do movimento contra a transfobia e na luta por direitos e a partir deste dia, ficou declarado o Dia Nacional da Visibilidade Trans.

Como anda o mercado de trabalho para os profissionais Trans? Segundo pesquisa realizada pelo portal TransEmpregos (transempregos.com.br)  no ano de 2022, o número de vagas diminuiu 5% comparado ao mesmo período de 2021, em compensação o número de profissionais Trans cresceu 40%. A região Sudeste é a que mais oferece oportunidades, São Paulo contabiliza 61,8%, Rio de Janeiro com 8%, Minas Gerais e Paraná com 2,8% cada e Distrito Federal 1,9%. 18% das oportunidades são remotas.

Segundo Tabata Silva, gerente do Empregos.com.br, um dos maiores portais de recolocação profissional, os números acima retratam a baixa representatividade de pessoas trans em empregos formais. “Ainda precisamos acelerar rumo à equidade de oportunidades. A contratação de pessoas trans é sinônimo de valorização da diversidade nas empresas”, afirma.

Quanto à escolaridade dos profissionais Trans, 38,8% possuem o ensino médio concluído, 31,6% dos cadastrados possuem ensino superior, 12,2% são estagiários e 7,1% possuem o ensino fundamental. Apenas 1,5% chegam ao cargo de Trainee.

Os meses com mais contratações para profissionais Trans foram: Abril com 162 vagas preenchidas, julho com 150 vagas, janeiro 136 vagas e novembro com 91 vagas. Das áreas com mais oportunidades oferecidas destaque para Tecnologia com 21,2% , Varejo e Comércio 8,8%, Consultorias 7,9% e Serviços com 6,7%.

O número de homens trans pela procura por empregos em 2022 foi maior que o número de mulheres trans. Eles corresponderam a 41,03% enquanto elas representaram 38,03%. Já os não binários, refere-se às pessoas que não se percebem como pertencentes a um gênero exclusivamente. Isso significa que sua identidade de gênero e expressão de gênero não são limitadas ao masculino e feminino), correspondem a 10,28%.

Portal TransEmpregos: oportunidade e respeito

“Dar oportunidades para profissionais que representam as minorias quando o assunto é diversidade de gêneros, como pessoas trans, travestis, não-binárias, entre outros gêneros, é fundamental. O respeito pelas diferentes identidades de gênero e orientações sexuais dentro das organizações tem sido uma forte bandeira de inclusão e diversidade”, diz Tábata.

O número de homens e mulheres trans negras correspondem a 48,43%, enquanto brancos 47,70%, amarelos 1,70% e indígenas 0,81%. Em um país, onde o número de pessoas trans assassinadas por dia é o mais alto do mundo, ainda faltam políticas de inclusão para o mercado de trabalho no Brasil.

“A realidade desse grupo minoritário que lida com transfobia, falta de visibilidade e de acesso em diversos âmbitos da vida é muito triste. O preconceito e a reprodução das violências e exclusões são marcas na vida dessas pessoas, mesmo quando elas estão empregadas. Por isso o ambiente corporativo deve ser plural, acolhedor, seguro e motivador para todos. E o primeiro passo são as oportunidades formais no mercado de trabalho”, finaliza a especialista.

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