Fintech de crédito passou a destinar budget que era do aluguel de uma sala pequena em centro comercial para equipe morar em casa de 500 metros quadrados.
A Capitalz, fintech de crédito que busca democratizar o acesso a investidores e financiadores no Brasil para o médio empresário, decidiu abandonar o trabalho presencial e criar uma casa-escritório para preservar a união da equipe ao mesmo tempo em que mantém o home office.
Atuante desde 2018 como boutique, mas lançada oficialmente durante a pandemia, a empresa notou um aumento de produtividade, qualidade de vida e motivação desde a adoção do trabalho remoto.
Modelo casa-escritório: O time
Com um time de 13 pessoas, incluindo Head de Produtos, Desenvolvedor, Designer de Produtos, Advogado, Estagiários, dentre outros, cinco passaram a morar na casa-escritório, localizada no bairro Pantanal, em Florianópolis, Santa Catarina. O restante continuou distribuído em outros bairros da capital catarinense e outras cidades.
Para o fundador e CEO da Capitalz, Bruno Vieira, as melhorias identificadas por ele e pela equipe são resultados da nova rotina estabelecida. “Antes, era preciso acordar bem mais cedo e ficar mais de 12 horas fora de casa, contando o período para almoço e os trajetos de ida e volta. Acabar com o tempo de deslocamento se mostrou um dos maiores ganhos para a qualidade de vida”, declara.
A empresa reconhece que a configuração também traz benefícios para si, como funcionários mais engajados e motivados, então destina o budget que era gasto com o aluguel de uma sala pequena em um centro comercial para o aluguel de uma casa de 500 metros quadrados de área construída, com sala de reunião, escritório, academia, garagem, quartos, banheiros e cozinha. Além disso, o imóvel ainda conta com uma área externa com quintal e churrasqueira.
Modelo casa-escritório: Estratégica
A escolha da casa também foi estratégica, pois fica próxima à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), local catalisador de talentos da tecnologia que a startup pretende absorver no futuro.
O Head de Produto da Capitalz, Gabriel Novak, já tinha passado pela experiência de dividir uma casa antes, morando em república, e de morar sozinho, em uma kitnet de cerca de 20 metros quadrados com espaço apenas para a cama e um armário, além dos pequenos banheiro e cozinha. “O que eu observei com essa convivência com a equipe e com a experiência de morar em um ambiente bem estruturado foi uma eficiência muito grande no trabalho, na rotina e no aprendizado – a comunicação é muito mais eficaz e qualquer problema ou dúvida conseguimos resolver de forma rápida”, afirma.
No entanto, Gabriel reconhece que é preciso estabelecer limites claros. “Eu estabeleço um horário-limite para me desligar do trabalho. Quando surge uma demanda, avalio se é urgente ou se consigo equilibrar com minhas outras prioridades. Dessa forma trabalho o foco e a disciplina, o que tem sido um exercício muito importante”, comenta.
Modelo casa-escritório: Desenvolvimento da empresa
Já o Felipe Novak, responsável pelo Marketing da Capitalz, morava na casa dos pais, mas viu na possibilidade de morar junto com a equipe a chance de estar mais alinhado com o desenvolvimento da empresa, além de trabalhar o próprio desenvolvimento pessoal. “Esse modelo traz muito amadurecimento pois, como trabalhamos com metas e planejamentos, se entregarmos o que precisamos, estamos livres para a vida pessoal. Isso pode revolucionar o sistema das empresas, pois a troca entre o time vai além do trabalho e se torna uma troca entre diversos aspectos da vida “, finaliza.
Modelo casa-escritório: Sobre a Capitalz
A Capitalz é uma fintech de crédito para middle market que oferece rodadas de captação via dívida e operações estruturadas. Dispondo de um big data proprietário, algoritmos de matchmaking e uma rede de canais própria, agrega todas as teses de investimento dos financiadores e investidores imobiliários do ecossistema brasileiro e busca auxiliar empresas de médio porte na captação de recursos. O propósito da Capitalz é democratizar o acesso a soluções financeiras de maior complexidade no Brasil.
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