27% das empresas brasileiras interromperam os processos de feedback na pandemia; processo é um forte aliado dos colaboradores que são protagonistas das suas próprias carreiras.
A transparência sobre a avaliação de desempenho é essencial para uma relação de confiança entre empresa e colaborador. Com o feedback, o profissional pode compreender qual é o seu momento de carreira, no que precisa melhorar e se as oportunidades profissionais que almeja estão relacionadas ao seu perfil.
Porém, na pandemia de COVID-19 o cenário mudou. Uma pesquisa do Grupo Talenses, indica que 27% das organizações suspenderam as avaliações formais. Aquelas que apostaram na transparência e mantiveram o processo formal de feedback, como a Japan Tobacco International (JTI), acumulam vantagens para o time e para o sucesso da organização.
A JTI segue como a 3ª melhor empresa do ranking Top Employer Brasil. Em 2021, a multinacional japonesa ocupa esse posto pela quarta vez consecutiva.
Processos de feedback: Sobre a pesquisa
Com o nome “”, a pesquisa da Talenses buscou compreender como as organizações vêm encarando o feedback durante a pandemia. Mais de 140 profissionais de RH foram pesquisados e o resultado também revela que 55% das empresas mantiveram as avaliações da mesma forma, mas de maneira online.
E outras 25% mantiveram as avaliações, mas com modificações no tempo das reuniões ou no número de participantes.
A pesquisa também aponta que em 41% das empresas os gestores têm reportado mais dificuldade de acompanhar o desenvolvimento dos profissionais por conta do home office. Já 35% afirmam que adotaram novas metodologias de feedback e avaliações formais.
Processos de feedback: Mais feedback, mais protagonismo do colaborador
A JTI faz parte do grupo de empresas que manteve os feedbacks. A empresa adota um processo composto por três fases: planejamento, continuous feedback e revisão final. Em 2020, a primeira fase foi presencial já que na época não havia restrições por conta da COVID-19.
Já a segunda e a terceira fases precisaram ser realizadas a distância. “Essa decisão parte do princípio de que não podemos abrir mão de sermos transparentes com os nossos colaboradores.
Num período já repleto de incertezas, não poderíamos deixá-los sem saber se estavam ou não atingindo as expectativas e no que precisam se desenvolver”, explica Thiago Dotto, diretor de Pessoas & Cultura da JTI.
O executivo ressalta que esse ideal já aparecia nas práticas de avaliação da organização, que também adota a Matriz Nine Box em sua metodologia. Trata-se de uma ferramenta para avaliar o desempenho do colaborador e seu potencial de carreira.
“Dessa forma, proporcionamos que cada pessoa possa ser o principal ‘piloto’ de sua trajetória, compreendendo quais correções de rota precisa fazer para alcançar as posições que deseja.
Além disso, cria um alinhamento de expectativas que evita frustrações e cria vínculos de confiança mais sólidos, o que influencia diretamente no desempenho dos times”, destaca Dotto.
A trajetória de Priscila Carreira, gerente de Planejamento e Desenvolvimento de Vendas da JTI, é um exemplo desses benefícios. A empresa na qual ela trabalhava até fevereiro de 2019 não compartilhava as informações da Matriz NineBox com os colaboradores.
“Havia uma insegurança se os planos que eu traçava para minha carreira estavam de acordo com a avaliação da organização, e meu gestor não podia ser transparente em relação a isso.
Hoje estou mais realizada, posso ouvir feedbacks importantes e compreender melhor minha avaliação. Assim, tenho mais clareza sobre meu plano de carreira”, ressalta Priscila.
“Foi até um choque quando cheguei aqui (JTI) e mostraram que essa informação sobre posição na Matriz Nine Box é aberta. Quando há sigilo, cria-se uma desconfiança e curiosidade para saber onde você está na Matriz.
Também acaba criando uma cultura interna de quem é avaliado como ‘baixo potencial’ é menos inteligente, quando, na verdade, a Matriz não faz esse tipo de análise”, afirma Priscila. A gestora está dos ‘dois lados’ da Matriz. Além de receber o seu próprio feedback, ela avalia os profissionais que compõem seu time.
Processos de feedback: Sem espaço para subjetividades
Priscila acredita que a transparência nas avaliações tem ajudado a ser uma gestora melhor. “Precisei me aprofundar muito mais nessa ferramenta e sua proposta.
Isso me forçou a me aperfeiçoar, pois, quando você tem que compartilhar a avaliação, faz uma análise mais embasada sobre a performance daquele colaborador.
Você vai sentar na frente dele, explicar os motivos e critérios utilizados, além de auxiliá-lo a compreender no que precisa melhorar”, analisa.
Para ela, isso tem auxiliado as pessoas no seu time a compreenderem melhor suas capacidades e potenciais. “No meu time tive pessoas nos três níveis de potencial da Matriz Nine Box. Uma vez precisei dar um feedback para um colaborador que estava classificado como potencial limitado de crescimento.
Senti que a conversa ‘doeu’, mas hoje posso dizer que ele conseguiu encontrar o seu caminho e assumiu um protagonismo maior em sua carreira”, destaca Priscila ao demonstrar que o posicionamento na matriz não é uma ‘sentença’ e sim um instrumento para o desenvolvimento.
Para Dotto, adotar a transparência na avaliação dos colaboradores mesmo na pandemia fez com que os vínculos de confiança se ampliassem na organização. “Passamos por um ano repleto de mudanças e desafios.
Deixar os colaboradores ‘às cegas’ sobre seu desempenho nesse período não nos pareceu a melhor opção. Hoje, podemos perceber que isso foi importante para que todos pudessem entender como se saíram e possam projetar 2021 com mais segurança”, finaliza.
Processos de feedback: Employer Branding
Reconhecida globalmente como Top Employer desde 2014, a JTI é uma empresa comprometida com seus 44 mil colaboradores. Investe para ter um ambiente acolhedor, que respeita a diversidade de pessoas, opiniões e comportamentos.
Investe também no desenvolvimento de pessoas, promovendo oportunidades e experiências que proporcionam uma carreira rica em aprendizado, conhecimento e sucesso. No Brasil, a JTI é Top Employer desde 2018.
Processos de feedback: Sobre a JTI
A Japan Tobacco International (JTI) é uma empresa internacional líder em tabaco e vaping, com operações em mais de 130 países. É proprietária global de Winston, segunda marca mais vendida do mundo, e de Camel fora dos EUA.
Outras marcas globais incluem Mevius e LD. É também um dos principais players no mercado internacional de vaping e tabaco aquecido com as marcas Logic e Ploom. Com sede em Genebra, na Suíça, emprega mais de 44 mil pessoas e foi premiada com o Global Top Employer por cinco anos consecutivos.
No Brasil, são mais de 1,5 mil colaboradores em 10 Estados além do Distrito Federal. A operação contempla a produção de tabaco – por meio de 11 mil produtores integrados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – compra, processamento e exportação de tabaco, fabricação, venda e distribuição de cigarros em mais de 20 Estados do Brasil.
As marcas comercializadas são Winston, Djarum, NAS e Camel, essa última também exportada para Bolívia e Colômbia. A JTI é reconhecida como Top Employer Brasil desde 2018.
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