Gestores e líderes devem melhorar a qualidade da comunicação com suas equipes

sucesso na interação entre gestores e equipes

Especialista aponta as principais falhas, como corrigi-las e ainda ter um estilo próprio para obter sucesso na interação entre gestores e equipes.

As maiores críticas negativas sobre liderança que os executivos recebem são sobre má comunicação. Essa é uma das principais conclusões de uma pesquisa recente da escola de negócios da Universidade Stanford (EUA), que analisou mais de 2.700 avaliações de liderança obtidas em aulas de MBA. O tema ganhou ainda mais relevância com a pandemia, não só em termos das mensagens transmitidas, mas também em relação à frequência dos diálogos entre líderes e subordinados, que muitas vezes passaram a interagir à distância.

Diante da necessidade de aprimorar e calibrar essa interlocução, a PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho — Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem e fundadora da empresa Linguagem Direta, Juliana Algodoal, que já treinou mais de 500 profissionais de alta liderança de empresas como Itaú, Porto Seguro e Grupo Fleury, cita 9 dicas sobre como as lideranças podem comunicar-se melhor com as suas equipes, evitando os erros mais comuns nessas interações:

Sucesso na interação entre gestores e equipes: dicas

  1. Adaptar a linguagem para o público-alvo: é preciso observar o tipo de fala mais indicado para a comunicação. Essa preocupação diz respeito inclusive ao tipo de vocabulário escolhido para os diálogos. É preciso conhecer o público com o qual se irá dialogar para estabelecer com ele uma forma de se comunicar que estabeleça vínculos.
  2. Dar sinais de que está interessado na conversa: o interlocutor precisa ter a confiança de que o líder está totalmente focado na interação. Nessa hora, é necessário mostrar-se concentrado nessa troca, evitando evasivas e atitudes como checar mensagens no celular. Fazer perguntas a partir de afirmativas da outra parte, incentivando o desenvolvimento de ideias, é uma boa maneira de demonstrar interesse na comunicação.
  3. Modular a intensidade de voz e a velocidade da fala de acordo com o ambiente e a ocasião: essas características da mensagem também reforçam, ou eventualmente contradizem, o significado das palavras. Locais mais silenciosos pedem tons mais baixos; falar rápido demais indica urgência e às vezes nervosismo.É preciso evitar o tom de desconfiança nas conversas, especialmente na hora de cobrar resultados da equipe.
  4. Em vez de dar bronca em público e elogiar no privado, fazer o contrário: um elogio aberto para outros membros do time pode ser um ótimo exemplo sobre o que se espera em termos de desempenho, e uma repreensão na frente de todos pode ser desmotivadora e constrangedora.
  5. Deixar evidente o objetivo de uma tarefa: o engajamento surge com o conhecimento de onde se quer chegar.
  6. Não adiar conversas cruciais: o postergamento de um feedback difícil ou uma crítica para alguém da equipe pode comprometer o desempenho de outros membros do time ao instituir um ambiente de insegurança e incerteza geral. É preciso se preparar para essa conversa e, ao realizá-la, focar o problema e não a pessoa.
  7. Incentivar a equipe a contribuir nas discussões: em processos criativos, é preciso encorajar as pessoas a exporem suas ideias, sem medo de errar. Os liderados também devem ficar à vontade para tirar eventuais dúvidas se algo não ficou claro.
  8. Ser autêntico no exercício da liderança: assumir estilos ou personas desconectadas com a realidade ou a personalidade do líder é uma atitude extremamente prejudicial para a credibilidade do discurso. Veracidade e transparência nas posturas do dia a dia solidificam o status de gestor confiável a longo prazo.
  9. Não ter medo de pedir ajuda ou demonstrar eventual vulnerabilidade: um líder não precisa saber tudo. Por sinal, adotar uma postura de “conhecedor absoluto” pode parecer pedante e acabar desumanizando a liderança e afastando-a dos liderados. Não é responsabilidade do líder ser um super-herói, e sim estar junto com o time e ouvir as pessoas para chegar às melhores soluções.

“Vários clientes me dizem que gostariam de ter um estilo de comunicação como o do Obama”, afirma Juliana Algodoal. “Eu então digo a eles que nunca vão falar como o Obama, mas que sempre vão poder melhorar como eles mesmos. Cada um deve investir em seu próprio estilo de comunicação para ser cada vez mais reconhecido”, conclui a especialista. “As pessoas autênticas são as que têm bons relacionamentos e se destacam.”

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