O profissional com tédio no trabalho acaba entrando em um círculo vicioso de ansiedade; confira algumas dicas para se sentir mais motivado.
Muito já se falou sobre a síndrome de Burnout – um distúrbio mental causado pela exaustão extrema devido ao excesso de trabalho.
Porém, poucas pessoas conhecem o termo síndrome de Boreout, que pode ser traduzido como tédio no trabalho. O transtorno é relacionado a um estado de apatia e desinteresse com as atividades cotidianas.
Tédio no trabalho: Tendência crescente
Com a tendência cada vez mais crescente do home office e, principalmente, devido à pandemia, que reduziu a interação dos colaboradores uns com os outros, o tédio passou a ocupar a agenda de muita gente.
“O trabalhador entediado acaba se sentindo desvalorizado, começa a acreditar que sua função na empresa é ineficaz, que poderia ser facilmente substituído, o que o leva a cometer erros e a desacreditar do seu potencial e de suas habilidades profissionais”, comenta Uranio Bonoldi, consultor em gestão, governança corporativa e planejamento estratégico.
Sem incentivo positivo para realizar suas atividades, o tédio pode ser tão prejudicial para o trabalhador quanto a exaustão – ambos prejudicam seu rendimento e sua saúde mental.
O tédio pode levar à ansiedade, que por sua vez acaba desencadeando comportamentos viciosos, como dependência das redes sociais para se distrair – um círculo perigoso para quem está de home office e precisa organizar sua própria rotina.
Tédio no trabalho: Completamente normal
“Não podemos esquecer que um pouco de tédio é completamente normal, e inclusive, saudável para arejar a mente, porém, quando é algo crônico, constante e afeta negativamente a vida, é preciso procurar uma saída”, explica Uranio.
Evitar a procrastinação, adiantar tarefas e fazer pequenas pausas durante o expediente pode ajudar. “Vale, inclusive, conversar com os superiores para assumir outras funções.
Novos desafios são ótimos recursos para vencer o tédio e se sentir valorizado, aumentando a motivação e o desempenho profissional”, completa o especialista.
Com pequenas mudanças de prática, a motivação no trabalho deixa de ser apenas um longínquo objetivo para tornar-se uma meta alcançável e com sucesso.
Sobre o autor
Tédio no trabalho: Uranio Bonoldi
Uranio Bonoldi atua como executivo e também como professor para turmas de MBA na Fundação Dom Cabral, é palestrante e escritor. Possui longa experiência executiva em cargos de alta gestão, especialista em tomada de decisão, carreira e negócios. Na Fundação Dom Cabral ministra aulas para executivos sobre poder e tomada de decisão. https://www.uraniobonoldi.com.br.
Tédio no trabalho: Na pandemia
Com a pandemia, o número de pessoas que apresentaram a Síndrome de Burnout no ambiente de trabalho, teve um significativo aumento.
As recomendações são de Maurício Patrocinio, autor do livro “Por que as pessoas não são felizes” e especialista em relacionamentos interpessoais, que tem como objetivo ajudar as pessoas na busca da verdadeira felicidade.
Causado por situações de trabalho desgastantes, esse stress tem tido um aumento, fazendo com que seja comum escutarmos histórias próximas e frequentes de pessoas que “piraram” durante a pandemia.
Seja pelo isolamento, pela falta de atividades de lazer, pelo número assustador de óbitos e infectados pela Covid-19 ou pelo novo formato de trabalho que fazem com que, no fim, razões para “enlouquecer” não faltem.
Comprovando a observação com dados, um estudo realizado pela empresa de pesquisas Harris sobre o assunto concluiu que 44% dos brasileiros entrevistados relataram uma sensação de Burnout no atual momento.
O Brasil foi o primeiro país da lista do levantamento que contou com a participação de mais sete países, entre eles, Estados Unidos, Austrália, Índia e Singapura.
O trabalho, apesar de necessário, é apenas uma parte da vida, que tem um sentido muito maior do que damos para ela normalmente”.
Saiba mais sobre a síndrome de Burnout e como ela afeta.