A neurociência aplicada à arquitetura esclarece como os tipos de lâmpadas, cores e luminárias influenciam na qualidade de vida e no conforto durante a quarentena.
Com o isolamento social, as pessoas têm passado mais tempo dentro de casa, inclusive trabalhando, o que trouxe um olhar mais apurado para os ambientes e como a configuração dos espaços impacta no dia a dia.
A iluminação tem um papel muito importante neste sentido e, por isso, a Expolux, principal evento de iluminação da América Latina, ouviu uma especialista em neuroarquitetura e uma neuropsicóloga para entender como lâmpadas e luminárias podem influenciar no bem-estar.
Neurociência aplicada à arquitetura: sensações positivas e negativas
As cores e a disposição dos móveis podem causar sensações tanto positivas quanto negativas, o que faz com que a neurociência aplicada à arquitetura ganhe cada vez mais espaço.
Um ambiente bem iluminado é um dos fatores essenciais para se ter qualidade de vida, pois está diretamente relacionado à saúde mental.
“A neuroarquitetura nos faz entender como a nossa mente processa as informações de acordo com os ambientes em que estamos.
Luzes quentes, amareladas, lembram o pôr do sol e, automaticamente, nosso cérebro transmite sinais para o corpo de que é hora de descansar.
Luzes brancas e claras são comuns em hospitais e escritórios, por exemplo, que trazem ao corpo um estado de concentração maior.
Iluminar com um tom azul proporciona relaxamento, e é interessante estar ao lado de poltronas de amamentação, banheiros e spas”, explica Ana Lúcia Siciliano, CEO da ALS Arquitetura há 30 anos.
Neurociência aplicada à arquitetura: o que a neuropsicóloga conta
Tamara Rigoni, neuropsicóloga e CEO da Cromo Clínica de Terapias, diz que somos formados por material genético, temperamento e experiências de vida, que, por sua vez, envolvem os ambientes.
“Um lugar barulhento e bagunçado causa muito desconforto, e se for mal iluminado fica ainda pior. Por isso, com ou sem isolamento, com ou sem home office, é preciso ter uma luz agradável aos olhos, que não ofusque a visão, evitando danos físicos e que esteja de acordo com a tarefa que o indivíduo vá executar: trabalhar, cozinhar, ler, relaxar etc.”, completa.
Uma boa iluminação aumenta a disposição e a pró-atividade, evita o esforço ocular e o cansaço da mente.
Do contrário, a concentração pode ser afetada, junto com a chegada da sonolência e alteração de humor. Segundo Ana Lúcia, provavelmente, a luz natural não seja suficiente para o home office, porque sofre variações.
“Sugiro sempre uma luminária de bancada e luz branca, o conjunto é ideal para que o desempenho não seja afetado”.
Neurociência aplicada à arquitetura: a estética também influência.
As luminárias fazem parte da decoração e, assim como os demais itens da casa, compõem a personalidade dos moradores.
“Sentir-se confortável, seguro e útil dentro de um ambiente é fundamental para ter sucesso em qualquer atividade, seja profissional ou pessoal”, enfatiza Tamara.
Neurociência aplicada à arquitetura: a Expolux segue atenta
A Expolux segue atenta a todos os movimentos de mercado no Brasil e no mundo até a próxima edição, marcada para julho de 2021.
Estas tendências, que levam em consideração o comportamento do consumidor, têm espaço garantido, tanto na parte técnica quanto decorativa.
“Este período atípico e imprevisível levantou temas importantes, que estarão representados como soluções e tendências em uma feira ainda melhor no ano que vem”, conclui Ivan Romão, gerente de produto da feira.
Neurociência aplicada à arquitetura: sobre a Expolux
É um evento bienal e principal referência para as empresas de iluminação de toda a América Latina. Reconhecido por especialistas como um centro de negócios, experiências, relacionamento, lançamentos e atualização com histórico de 16 edições.
Atende escritórios de lighting design, técnicos de iluminação, engenheiros, arquitetos, varejistas, atacadistas, distribuidoras, construtoras, empreiteiras, paisagistas e fabricantes de materiais para construção.
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