Como ampliar a representatividade feminina no mercado de tecnologia?

representatividade feminina na tecnologia
Como ampliar a representatividade feminina no mercado de tecnologia?, esse é o tema do artigo de hoje, escrito por Dayana Morais.

Segundo estudo divulgado, neste ano, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a presença feminina em cursos de graduação como Computação e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é de 13,3%.

Dentre os profissionais de TI que já estão inseridos no mercado de trabalho, por sua vez, elas representam pouco mais de 30%. O dado é de uma pesquisa realizada pela Thought Works em parceria com a Pretalab, e reforça que a participação feminina nesta área ainda tem muito espaço para evoluir.

Representatividade feminina na tecnologia: Os desafios

O fato é que os desafios enfrentados por pessoas do gênero feminino para entrarem no mercado tech são muitos e envolvem principalmente a existência de uma cultura pouco inclusiva das marcas empregadoras, bem como a construção histórica de masculinização do segmento tech.

É comum, por exemplo, as avaliações propostas pelas empresas durante processos seletivos já apresentarem testes inclinados para candidatos do gênero masculino. Além disso, a dupla ou tripla carga de trabalho das mulheres também está entre os fatores que mais impedem o surgimento de novos talentos na área.

Afinal, a ausência de ações que incentivem o oferecimento de oportunidades para mulheres que já são mães é uma triste realidade. A dupla jornada, ao invés de ser valorizada e receber o apoio das companhias, costuma ser prontamente desprezada.

A boa notícia é que, apesar de a resistência à diversidade de gênero ainda ser a regra em muitas empresas, algumas iniciativas já estão sendo elaboradas para reverter esse cenário. O exercício de políticas afirmativas, planos de carreira personalizados e desenvolvimento de programas de capacitação profissional são alguns exemplos disso.

Representatividade feminina na tecnologia: O que pode ser feito pelas empresas?

Além de estabelecer a igualdade de gênero como prioridade para a formação de suas equipes, é preciso que as marcas empregadoras estejam preparadas culturalmente.

Por esse motivo, a realização de campanhas de conscientização e treinamentos específicos que abordem a implantação da diversidade devem integrar o planejamento das companhias.

É importante, também, promover um canal de comunicação aberto entre todos os níveis da empresa, uma vez que o diálogo sobre o assunto incentiva o compartilhamento de ideias.

Representatividade feminina na tecnologia: O departamento de RH

O departamento de Recursos Humanos (RH) das organizações é fundamental nesse processo. Afinal, ele é responsável tanto pela manutenção do ambiente corporativo, como pelos processos seletivos de contratação.

Em paralelo, o oferecimento de planos de carreira personalizados para as mulheres significa valorizar a conquista do espaço feminino em um mercado pouco frequentado por elas.

É válido, por exemplo, incluir na trilha de carreira a flexibilidade de horários e a possibilidade de extensão da licença parental, tendo em vista que muitas mulheres se desdobram para conciliar a vida profissional com a materna.

Por último, temos os programas de capacitação profissional, que possuem como objetivo desenvolver habilidades técnicas específicas e, assim, oferecer oportunidades de contratação para alguns grupos.

Representatividade feminina na tecnologia: Um exemplo

Um exemplo de estratégia bem sucedida nesta frente é o Women Can Code, iniciativa promovida pela Share RH com o objetivo de aumentar a participação feminina na área de tecnologia por meio da formação gratuita nas mais variadas linguagens de programação.

Até o momento, já foram realizadas cinco edições do programa, que contabilizam cerca de 450 mulheres formadas e 34 novas contratações.

Protagonista no processo de estruturação de planos de Diversidade & Inclusão (D&I) nas empresas, a Share também tem promovido debates sobre a temática junto a grupos de afinidade, bem como divulgado conteúdos de formação e sensibilização para apoiar a estruturação de planos de D&I nas empresas.

Considerando que a procura por profissionais de TI será de 420 mil pessoas até 2024 e que o Brasil forma apenas 46 mil profissionais desta área por ano, incentivar as mulheres a ingressarem na área tech, por meio das iniciativas listadas, significa contribuir para que a futura demanda de profissionais seja atendida e que os direitos delas sejam garantidos.

Representatividade feminina na tecnologia: Sobre Dayana Morais

Dayana Morais é gerente da área de Share the Future, na Share RH, e atua com foco em projetos de Diversidade & Inclusão. 

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