Demissões voluntárias: O volume de pessoas saindo de seus empregos tem aumentado dia a dia. Entenda os motivos.
Ano a ano, mais profissionais decidem sair de seus empregos para procurar opções mais equilibradas, saudáveis e que os façam sentir valorizados. Esse movimento ganhou um nome: a grande renúncia. Mas quais são os motivos de tanta insatisfação? É o que a Sodexo Benefícios e Incentivos explica.
O Brasil bateu recorde de demissões voluntárias de maio de 2021 ao mesmo período de 2022. Segundo um estudo feito pela LCA Consultores, foram 6,175 milhões de pedidos. Do total de pessoas desligadas (18,6 milhões), 33% saíram porque quiseram. Ou seja, uma em cada três dispensas foi desejada pelos trabalhadores.
O número chama atenção por si só, mas quando acompanhado de um cenário no qual o desemprego também atingiu indicadores altíssimos, se torna ainda mais preocupante. Se as pessoas estão abdicando de seus cargos, mesmo em um contexto permeado por incertezas, é porque alguma coisa está muito errada. E é papel da empresa descobrir o que vem acontecendo.
“Como empregadores, precisamos entender o que é importante para as pessoas que trabalham na nossa organização. Por isso, a escuta ativa é necessária. Quando ouvimos, conseguimos desenhar estratégias mais aderentes”, ressalta Danilca Galdini, diretora de Insights do Grupo Cia de Talentos.
Demissões voluntárias: Mas por que bons funcionários pedem demissão?
De acordo com a coach de carreiras Germana Benirschke, diversos aspectos podem levar à demissão voluntária. Alguns dos principais:
- Vontade genuína de ir para outro negócio: estar engajado em outra causa, ter outro propósito;
- Desejo de empreender: tirar ideias do papel e ter mais liberdade;
- Sentir uma motivação diferente: o colaborador pode estar em outra sintonia – e tudo bem;
- Proposta mais atrativa: profissionais são constantemente pescados no mercado;
- Questões pessoais: envolvem mudança de cidade, problemas de saúde e motivos familiares, entre outros;
- Mudança de área: é comum migrar para outros setores – e, muitas vezes, não há esse segmento dentro da sua empresa ou então uma vaga condizente;
- Relacionamento: problemas que acontecem no dia a dia do colaborador, sobretudo com a liderança.
Germana destaca que, dentre todas essas questões, a que mais impacta as demissões atualmente é o relacionamento, principalmente com os gestores. “Tem até um jargão antigo que diz que o colaborador se desliga da liderança, não da empresa. Isso é muito atual”, comenta. Segundo ela, a falta de comunicação, de escuta e de uma cultura de feedback são os principais gatilhos para que esse tipo de problema aconteça.
“Líderes geram engajamento, inspiram e podem reduzir bastante os movimentos de pessimismo. Quando eles não agem dessa forma, contribuem ativamente para que as demissões aumentem”, alerta.
O pessimismo que a coach cita aqui é perigoso, uma vez que pode gerar um efeito cascata. Ou seja, quando uma pessoa está descontente, desmotivada, começa a falar para os outros membros da sua equipe. O mesmo sentimento tende a se multiplicar, gerando demissões voluntárias em série. Daí a importância de agir.
Como evitar que as demissões aconteçam?
Danilca diz que é algo complexo, que exige um esforço enorme da empresa. Em primeiro lugar, é preciso trabalhar o senso de pertencimento. “A organização deve estimular que as pessoas sejam quem são, que se expressem livremente, sem preocupações. Esse sentimento impacta o bem-estar, a saúde mental e motiva o trabalho com significado”, comenta.
Outro ponto urgente, segundo ela, é dar autonomia para as tomadas de decisão. “Precisamos oferecer espaço e confiança, valorizando todas as contribuições”, ressalta. Também é fundamental ter uma comunicação aberta e honesta, sobretudo no modelo de trabalho híbrido.
Nesse caso, o distanciamento pode ser um gatilho para a insatisfação e, consequentemente, para os pedidos de desligamento. “Organizações que escutam e valorizam conseguem ter conversas transparentes e até realinhamento de expectativas”, destaca Danilca.
A especialista chama atenção ainda para um fator que considera primordial: “as pessoas esperam trabalhar em locais que tenham respeito por elas. Que entendam que o trabalho é apenas uma parte da vida. Claro que é uma parte extremamente importante, mas não é a única. Deve haver um equilíbrio”.
Germana ressalta que os líderes são decisivos na busca pelo equilíbrio que Danilca aponta. “Eles devem ser os guardiões da cultura organizacional, dando feedback contínuo e abrindo espaço para conversas francas”, diz.
Então, por que os bons profissionais pedem demissão? Não existe uma resposta única – nem uma solução isolada. Esse movimento acontece por uma série de fatores, que devem ser constantemente monitorados pelas empresas em conjunto com os líderes. Tais profissionais são extremamente importantes para conter a insatisfação.
Sobre a Sodexo
Empresa do grupo francês Sodexo, líder mundial em serviços de qualidade de vida que opera em 53 países, emprega 422 mil funcionários e atende 100 milhões de consumidores por dia. Tem como seu objetivo melhorar a qualidade de vida diária das pessoas e contribuir para o desenvolvimento econômico, social e ambiental das cidades, regiões e dos países em que atua.
Sua missão é desenhar, gerenciar e entregar serviços para empresas de todos os portes, segmentos e regiões do Brasil, por isso, conta com aceitação em mais de 2.2 milhões de estabelecimentos no país, e uma rede credenciada com mais de 600 mil parceiros em Alimentação e Refeição. Em seu portfólio, a Sodexo oferece as melhores soluções para transporte, alimentação, reconhecimento, campanhas de incentivo e bem-estar e saúde, com a possibilidade de personalização: Refeição Pass, Alimentação Pass, Cultura Pass, VT Pass, Combustível Pass, Gift Pass, Alimentação Pass Natal, Brinquedo Pass, Premium Pass, Wizeo, GymPass, Sodexo Multi, assistência médica e odontológica, Apoio Pass, saúde ocupacional, seguro de vida e muito mais.
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