Escuta ativa e acolhimento são essenciais para a saúde mental no ambiente corporativo

Escuta ativa

Pandemia potencializou as doenças psíquicas como estresse, ansiedade e burnout, e trouxe um novo desafio para as organizações.

Vivemos numa sociedade com intensa demanda por recursos mentais e cognitivos, que por vezes trazem sobrecarga e acarretam danos à saúde mental. Ansiedade, estresse e burnout são algumas das doenças psíquicas que foram potencializados com a pandemia.

O aumento dos problemas mentais ampliou o desafio das empresas, que precisam lidar com essas questões com empatia e respeito. Nesse contexto, proporcionar um ambiente seguro, com escuta ativa e acolhimento, é essencial para a saúde mental dos profissionais.

O webinar Arena de Ideias recebeu especialistas para falar sobre os efeitos dessa avalanche de sentimentos. Para eles, as doenças mentais precisam deixar de ser tratadas como tabu e devem ser vistas com naturalidade, como qualquer outra doença.

Escuta ativa: Questão de tempo

“A saúde mental é a grande questão do nosso tempo. Vivemos num mundo em que somos super estimulados, temos que lidar com muita informação. Tem a cobrança, demandas, entregas, tudo isso que provoca uma panela de pressão dentro de nós, e a saúde mental é que acaba sendo afetada. O cérebro também tem distúrbios como qualquer órgão”, afirmou a autora do podcast “Autoconsciente”, que fala sobre saúde mental, mindfulness e vida interior, Regina Giannetti.

A pandemia impulsionou os problemas psicossomáticos, que já eram latentes no mundo moderno. Pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos apontou que cerca de 45% da população de 30 países teve piora leve ou intensa nas condições de saúde após a pandemia. O Brasil é o quinto país com pior índice, com 53% das pessoas nessas condições. Diante desse cenário, o tema passou a ser uma preocupação a mais para as empresas.

Escuta ativa: Com a pandemia

“A gente tinha até um tabu antes da pandemia para falar sobre problemas mentais. Não à toa muitas empresas liberaram assistência psicológica integral aos colaboradores. É importante ter um território seguro de conversas, que são fundamentais para conseguirmos avançar na questão da saúde mental. Esse é o mal do século, é o legado dessa pandemia”, disse a jornalista e sócia-diretora da In Press Oficina, Patrícia Marins.

Com a experiência de quem atua de perto com essas questões no ambiente corporativo, a superintendente de Gente e Gestão da Norte Energia, Isabel Lêla, ressalta a importância de ouvir as dores dos colaboradores e dar o suporte não apenas para eles, mas também para os familiares. Afinal, as pessoas próximas são diretamente afetadas.

“O ato de escutar é muito importante. Quando a empresa tem esse cuidado com os colaboradores, tem muita chance de sucesso. Em primeiro lugar está o ouvir; em segundo, comunicar e colocar à disposição programas que deixam a pessoa mais leve”.

Escuta ativa: Autoconhecimento é o primeiro passo para uma boa saúde mental

Identificar e reconhecer que a saúde mental requer cuidados é o ponto de partida para procurar ajuda e receber atendimento especializado. Para isso, Regina Giannetti explica que é fundamental ter autoconhecimento e reconhecer que tem um problema – e que não há nenhum mal nisso.

Escuta ativa: O primeiro ponto

“O primeiro ponto é parar, se perceber. A gente só pensa em resolver os problemas. Mas, enquanto fica nesse turbilhão mental, a pessoa não se observa. É preciso se perceber para entender o que está acontecendo e buscar recursos. Ainda existe um grande tabu e um negacionismo pessoal”.

Por outro lado, Patrícia observa que a autoconsciência é uma tarefa desafiadora. “É tão difícil se perceber e colocar esse olhar para dentro. Geralmente olhamos para fora e esquecemos de dentro. Especialistas dizem que a pandemia deixará vários legados positivos, apesar da dor imensa. Mas, por outro lado, tem esse desafio da saúde mental como um legado desse período”.

Além do autoconhecimento e da aceitação, Isabel Lêla, destaca a importância de se colocar no lugar do outro. “É um grande aprendizado assumir que tem suas fragilidades e também é importante se colocar no lugar do outro. Dar um pouquinho do seu tempo, do seu ouvido, trazer a pessoa para perto e acolher”.

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